Pela primeira vez, o senador Tasso Jereissati (PSDB) admitiu o lançamento da pré-candidatura do general Guilherme Theóphilo (PSDB) ao Governo do Estado. Até então, as declarações haviam sido reproduzidas por caciques de menor influência no partido.        Ao Broadcast Político, do Estadão, o tucano disse ontem que “não está confirmado (a indicação), mas tem tudo para ser. Está na hora de sangue novo”.     Desde a filiação do general, as primeiras movimentações de bastidores davam conta da possibilidade de candidatura. Reuniões fechadas de lideranças do PSDB consideravam a ideia. Entre os nomes postulados, Capitão Wagner (Pros) era o mais possível, mas, nas últimas semanas, as conversas têm esfriado.     Tasso disse ainda que “ele (Theóphilo) é um amante do Ceará, tem um ótimo currículo e está sendo muito bem recebido”.   O senador, que recusou mais uma vez uma provável candidatura dele próprio ao Governo estadual, deverá liderar no mês de maio uma série de reuniões pelo interior do Ceará com as siglas contrárias ao Governo para discutir a candidatura da oposição.   Durante os últimos meses, com o desmembramento do grupo — após a perda do MDB de Eunício Oliveira, que mudou de lado e hoje apoia o governador Camilo Santana (PT) —, os liderados pelo PSDB se desentenderam sobre quem apoiar para o Palácio da Abolição.   O apoio a Wagner acabou perdendo força após a negação de apoio ao pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) no Ceará.   A aposta em um general no momento de crescimento da onda de criminalidade no Estado — com o fortalecimento da facções criminosas —chegou a ser criticada pela base governista, que chamou a estratégia de “marqueteira”. (Wagner Mendes)