A ESCOLHA DE WAGNER
A opção do Capitão Wagner ao definir a filiação oficializada ontem atende ao desejo de controlar um partido, mesmo que seja o Pros. É direito dele. Os Ferreira Gomes, por exemplo, fizeram a mesma coisa e no mesmo partido (leia no link a seguir o que escrevi há quase cinco anos a respeito: bit.ly/2G2KYn3).
Ao mesmo tempo, a escolha foi entendida como opção pelo mandato de deputado federal. As principais forças da oposição não estão dispostas a se unir em torno de partido tão pouco expressivo, com rumo nacional incerto e tão pouco tempo de TV.
A candidatura de Wagner a governador já teve idas e vindas. Nunca soou muito sólida. Ressurgiu quase como arroubo, em meio à comoção pela sequência de chacinas. Wagner tem a seu favor a falta de opção da oposição. Ele é quem mais tem a perder, ao se arriscar a ficar sem mandato numa dura disputa.
O bloco opositor, por sua vez, não tem outro nome de mínimo peso. Só Tasso Jereissati, recém-anunciado coordenador da campanha de Geraldo Alckmin a presidente. Se não arranjar palanque decente para o PSDB no Ceará, será uma desmoralização.