Se 2018 começará com grande indefinição na eleição para presidente da República, dada a dúvida se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá concorrer, a disputa para a bancada estadual cearense já conta com alguns nomes que desistiram de concorrer a uma das 46 vagas no ano que vem. Caso do secretário de Meio Ambiente do Estado do Ceará, Artur Bruno.
O secretário, que teve 26 mil votos para deputado estadual na eleição de 2014 e ficou na suplência, declarou que “não quer mais ser parlamentar”. Ao ser questionado sobre as pretensões políticas na corrida eleitoral do ano que vem, o secretário adiantou que não disputará nenhum cargo eletivo em 2018.
“Não quero mais ser parlamentar. Essa fase passou e passou muito bem”, disse ele à jornalista Kezya Diniz, na rádio Expresso FM.
No entanto, o ex-deputado comentou sobre sua atuação Legislativo e disse estar focado no Executivo. “Estou apaixonado pelo Executivo. Estou me dedicando. Estou gostando muito do Poder Executivo, porque você realiza mais. No Legislativo, você luta por questões e classes, mas você não consegue realizar muito”, disse ele, que pretende se dedicar à reeleição do governador Camilo Santana. E afirmou que, enquanto Camilo quiser, estará a disposição para atuar à frente da Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
Artur Bruno já foi deputado federal, quatro vezes deputado estadual e duas vezes vereador de Fortaleza, em todas as ocasiões pelo PT. É formado em Pedagogia e há mais de 35 anos dedica-se à formação da juventude, como professor de Geografia e História em cursos pré-universitários públicos e privados.
Odilon Aguiar
Quem também não concorrerá é o deputado Odilon Aguiar (PMB). “Faço parte de um grupo político liderado pelo deputado federal Domingos Neto. Além disso, temos proximidades familiares. A Patrícia tem interesse em disputar. Já foi conversado. Já fui prefeito, hoje sou deputado estadual. Tem outros caminhos a serem trilhados”, disse Odilon, confirmando que não é candidato à reeleição.
Prazos
Enquanto isso aqueles que querem ser candidatos nas eleições do ano que vem, precisam ficar de olho nos prazos. Parece que falta muito tempo para o pleito, mas o prazo da corrida eleitoral está ficando apertado para quem ainda quer ser candidato. Restam quatro meses para aquele candidato outsider que traz o apelo de renovação e poderia conquistar o eleitorado cearense. O prazo dado pela lei para filiação e troca de partidos e desincompatibilização de cargos – no caso de juízes, procuradores e presidentes de partidos, por exemplo – acaba em sete de abril do ano que vem.