O deputado Carlos Felipe (PCdoB) ressaltou, ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa, as falhas observadas em cursos de ensino a distância (EAD) na área da saúde. O assunto, inclusive, já foi tema de audiência pública na AL.
Segundo o parlamentar, a modalidade educacional não tem controle adequado e é prejudicial. “Muitos cursos não estão regulamentados pelo Ministério da Educação e a oferta do ensino a distância causa um descontrole e uma expansão de profissionais sem referência”, assinalou.
Carlos Felipe ressaltou que os cursos de EAD são ofertados com preços baratos e, sem o devido controle, profissionais serão formados de maneira irresponsável.
“A área da saúde precisa da prática sendo controlada de perto. Sem esse controle, a população é a maior prejudicada, já que esses profissionais cuidam do povo”, apontou.
O deputado enfatizou a necessidade de debater mais o assunto e buscar soluções para os problemas apresentados. “Muitos pólos de educação à distância não cumprem as vistorias e nem têm competência para isso”, lembrou.
Crato
O parlamentar acrescentou que, hoje (15), a partir das 15h, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa vai debater, no Crato, a reestruturação do Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec).
“Convido os deputados para discutir com todos os servidores esse projeto de reestruturação”, afirmou.
Sobre o assunto, o deputado Dr. Santana (PT) ressaltou que em muitas cidades do Interior faltam médicos. “A forma mais rápida de resolver esse problema é estimular os cursos na área da saúde, porém com fiscalização e qualidade.
Não podemos formar profissionais de baixo nível para tratar a população”, pontuou.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) explicou que no Estado existem poucos hospitais escolas, o que prejudica a formação de novos profissionais. “A formação médica precisa de acompanhamento para que o aluno se afirme e aprenda”.