Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) destacou, ontem, na tribuna da Casa, a visita que fez ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), considerado o quinto maior centro de hemoterapia do País, e cobrou mais recursos e atenção do Governo do Estado à instituição. O parlamentar avalia que os investimentos federais não acompanharam o aumento na demanda por transfusão de sangue e a maior complexidade na realização dos procedimentos.
Segundo Carlos Felipe, o Hemoce realiza 1.200 exames por dia, entre coletas e transfusões de sangue, com uma verba mensal de R$ 5 milhões, o que considera pouco para o nível de efetividade e qualidade do centro. Ele defende que haja uma expansão na estrutura do equipamento.
Hemofílicos
"O Hemoce conta, hoje, com uma estrutura de alta tecnologia, centralizando e fazendo o segundo exame de todo o sangue que é colhido no Estado, e passou a ser uma referência também nacional e mundial na questão do transplante. E essa evolução permite, hoje, que o sangue colhido no Estado evolua em breve para as certificações em termos de qualidade dadas aos hospitais, mas precisa expandir essa estrutura, aumentar os laboratórios, precisa de mais equipamentos com computadores para que o Interior possa se integrar a esse sistema que, em Fortaleza, hoje, é integrado em tempo real".
Carlos Felipe citou que o Hemoce no Ceará foi o primeiro centro do Brasil a salvar uma pessoa na Colômbia, com sangue raro, e que já fez transplante de medula óssea em pessoas de outros estados do Nordeste. Ele disse que irá apresentar uma emenda parlamentar destinada ao Hemoce, para a aquisição de ultrassom, utilizado no trabalho com pessoas hemofílicas, e pediu apoio do Legislativo Estadual nessa causa.
"Vamos dar nossa contribuição para apoiar o trabalho feito com o hemofílico que, antigamente, com 20 anos, já estava aleijado. Hoje, com a medicação feita no Hemoce, a gente vê hemofílicos com 20 anos tendo uma vida normal".