Envolvidos com o processo eleitoral de 2016 alguns dos parlamentares, que se pronunciaram, ontem, na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de Fortaleza, chamaram atenção para a disputa pelo eleitor e chegaram a pedir que a população não “venda” seu voto.
Para o vereador Robert Burns (PTC), é por conta das vendas de votos que o País está enfrentando diversos escândalos e casos de corrupção na política nacional.
Robert explicou que a venda de votos se dá devido a fatores, desde uma conta de luz atrasada até o pagamento de uma operação médica não custeada pelo SUS, e comentou que, com esse tipo de atitude só quem perde é a população e a futura geração de brasileiros.
“A campanha do TRE de não vender voto é importante. O povo precisa construir uma nova nação e aí o dinheiro que o político dá pra comprar é o dinheiro da saúde, educação, da moradia, dinheiro roubado pra fazer campanha”, lamentou. Já o vereador Guilherme Sampaio (PT) ressaltou a singularidade e o significado do processo eleitoral para o País, destacando a participação e o protagonismo da sociedade.
“No momento em que vivemos uma crise politica grave, ameaçando o retrocesso de políticas sociais, as campanhas nos permitem o debate político. Desejo que possamos aprender com a experiência e colocarmos a política no devido lugar de protagonismo do destino da sociedade. Esse é um momento de participação e protagonismo da sociedade. Desejo que a população se dê conta desse poder de transformação e que possamos manter uma discussão de alto nível”, destacou.
Poluição
Já na Assembleia Legislativa, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) chamou atenção para a poluição sonora e visual no período eleitoral no Estado. Segundo o parlamentar, as propagandas eleitorais excessivas tornam as eleições desiguais.
“Na maioria das vezes ganha as eleições quem tem mais dinheiro para investir, mas o importante é fazer uma eleição limpa e deixar o povo escolher seu candidato pelas propostas”, disse.
Carlos Felipe destacou que em alguns municípios cearenses, por exemplo, ficou acordado que os carros de sons com propagandas eleitorais só poderiam funcionar nos comitês. “O certo é que tenhamos mais debates entre os candidatos para que a população saiba das propostas de cada um e o fator econômico não seja determinante na vitória”, assinalou.