Camilo Santana tem investido em estratégias diversas para esvaziar a oposição. Proposta de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), por exemplo, trouxe para a base Audic Mota (PMDB) e expôs o autor da proposta, Heitor Férrer (PSB), a constrangimento entre críticos do governo. Antes, os dois figuravam entre vozes mais ativas de oposição.
“Há um hiato sim”, avalia Capitão Wagner (PR), um dos que critica possibilidade de acordo e cobra que a oposição sente unida para discutir 2018. “Estamos perdendo tempo, acho que a oposição deveria já apresentar não só um candidato a governador, mas também a chapa e até a equipe, os secretários. Mostraria assim que tem mais preocupação com a boa gestão”, diz.
O deputado Roberto Mesquita, hoje isolado como opositor na bancada do PSD da Casa, também critica atual momento. “O próprio Camilo, ao procurar essa aproximação (com Eunício), criando esse ambiente de dúvida, ele mais nos diminui como oposição (...) agora, esse abraço dele no senador é de tamanduá. Na hora que ele ceder, vai levar espinhada”, diz.
Diante da indefinição, deputados independentes e hoje mais alinhados à oposição, como Aderlânia Noronha (SD), acabam “em cima do muro”. “Como diria Juracy Magalhães, na vida pública, nada é impossível. De fato eles realmente estão muito distantes, mas nada é impossível. Eu mesma estou só assistindo, para ver o que vai acontecer”, diz a deputa