Deputados estaduais criticaram ontem na Assembleia Legislativa do Ceará a permanência de nomes citados por delatores da JBS nas secretarias do Governo do Estado. Eles criticam o que consideram “falta de informações” sobre o procedimento que o Executivo irá adotar. Um requerimento que pede afastamento dos citados deve ser votado hoje.   Em delação, o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou ter repassado propina de R$ 20 milhões a Cid por meio de Arialdo Pinho e Antônio Balhmann, atuais secretários de Turismo e Relações Internacionais.   Autor do pedido que mira nos titulares de Camilo, o deputado Heitor Férrer (PDT) disse na tribuna da AL que os secretários devem ser exonerados dos cargos. Férrer pediu que o governo afaste ambos “até que as investigações sejam encerradas”, visto que, segundo o deputado, eles estão envolvidos “de maneira evidente” e a delação é “confirmada”.   Para o deputado de oposição Odilon Aguiar (PSD), a “denúncia é grave” e, “no mínimo, seria prudente o afastamento”. “Até para a isenção e para que esta Casa não fique fazendo ilações ou pré-julgamentos”, disse, queixando-se de falta de “fornecimento de informações”.   Líder do governo na AL, Evandro Leitão (PDT) disse que o governador não é mencionado nas delações. “Cid Gomes também não aceitou nenhum tipo de negociação. Isso está claro no depoimento em vídeo (dos delatores Wesley e Josley Batista). Precisamos ter prudência ao tratar desse assunto e não sair fazendo acusações sem provas”, rebateu o deputado. (Daniel Duarte)