O deputado Audic Mota (à direita) falou com colegas sobre o encontro com a presidente do STJ na tarde da última segunda-feira
( Foto: José Leomar )
Na abertura dos trabalhos, ontem, na Assembleia Legislativa, o presidente do Parlamento estadual, deputado Zezinho Albuquerque (PDT) considerou positiva a audiência realizada na tarde de segunda-feira quando deputados estaduais cearenses foram recebidos pela presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Laurita Vaz, tratando do processo referente à licitação da parte final das obras de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Ceará.
"Nós estivemos com a presidente do STJ que nos recebeu muito bem. Só pedimos uma coisa: celeridade para que possamos reiniciar o mais rápido possível". Zezinho disse que diante da crise hídrica, não se pode esperar mais. "Só para a montagem de equipamentos, trazer as máquinas e começar o trabalho, não será menos de 60 dias. Então precisamos do apoio de todos", enfatizou.
A audiência, conforme destacou, foi fruto de reunião realizada na Assembleia, na terça-feira da última semana, com a presença de 27 deputados, convocados pela presidência. Com a ministra só tiveram sete deputados. "A presidência convidou todos para que pudéssemos ver de que maneira a Assembleia poderia ajudar diante do problema que é a transposição estar parada".
As águas já chegaram na Paraíba e Pernambuco, mas o trecho que traria água para o Ceará, está parada. "Como está judicializada, algumas empresas se achando prejudicadas entraram na Justiça, tomamos a decisão de ir ao STJ. Não estamos defendendo nenhuma empresa. Queremos que as águas cheguem até o próximo ano, porque nosso grande reservatório que é o Castanhão não tem 6% de água", ressaltou Zezinho. "A presidente disse que vai fazer o que for possível para que se resolvam os entraves para que se dê logo início a transposição do São Francisco", contou.
Recepção
O primeiro-secretário da Casa, deputado Audic Mota (PMDB) também participou da audiência, tendo sido responsável por agendar a reunião com o gabinete da ministra. Assim como o presidente, ele também se mostrou satisfeito com a conversa tida com a ministra Laurita Vaz. "Foi um pedido de atenção especial e olhar de celeridade ao processo que tramita na Justiça Federal, o que parou a obra".
Além do "prestígio" e da atenção da presidência do STJ, em agendar a reunião em menos de 24 horas após a solicitação do Parlamento estadual, Audic falou da boa recepção por parte da ministra. "A segunda maior autoridade do Poder Judiciário do País mostrou-se sensível e sensibilizada com o pleito que fizemos. Mostramos a possibilidade de colapso hídrico no Ceará, especialmente na Região Metropolitana, caso a obra se prolongue nas gavetas do Judiciário", contou, ressaltando a participação dos demais parlamentares.