Em meio ao cenário de crise política, econômica e social no Brasil, ainda há muitas incertezas sobre o futuro do País. Para parlamentares cearenses entrevistados pelo Diário do Nordeste, a solução poderia estar em um pacto por um projeto de nação que unisse todos os setores da sociedade. Já outros acreditam que não há clima para um consenso que una os pensamentos existentes em todos os segmentos, o que inviabilizaria tal pacto.
O deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB) é defensor de um pacto no qual haja o envolvimento da Igreja, do Executivo e da sociedade em geral. "Se os movimentos forem puxados pela sociedade, seria vitorioso e caberia chegar ao poder com uma base parlamentar que construísse um consenso para se tocar um novo projeto", avalia.
Julinho (PDT), por outro lado, acredita que o mecanismo possível para mudança da atual situação é o voto. "O que tem que ser feito é conscientizar a população da importância do voto e trabalhar isso junto dela", diz.
Já o deputado José Sarto (PDT) opina que o consenso para um pacto não é necessariamente obrigatório, visto que, na divergência, há crescimento de ideias. "O pacto é possível, desde que não se abra mão de alguns preceitos", sustenta. Ele afirma, porém, que o atual governo federal não tem legitimidade para tocar um pacto pela nação.
O socialista Renato Roseno (PSOL), por sua vez, prega a criação de uma nova força política, "de baixo", que possa dar uma alternativa. "Não acredito em um pacto a partir de cima possa resolver essa situação. As transformações que o Brasil precisa são transformações que partem das maiorias sociais", defende.