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Crise é primeiro teste para perfil polêmico - QR Code Friendly
Quinta, 20 Abril 2017 04:28

Crise é primeiro teste para perfil polêmico

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Prometendo resposta firme a ataques criminosos promovidos ontem em Fortaleza, o secretário André Costa iniciou ontem o primeiro grande teste à frente da segurança pública do Ceará. Após firmar compromisso pela garantia de tranquilidade em coletivos da Capital, o secretário colocará a prova o estilo “enérgico” e afeito a polêmicas.   Sobre o assunto Não é trégua, é consciência política Ex-aliado cobra comissão para apurar ataques a coletivos Colapso começou em presídios e mudou rotina da Cidade “Vamos garantir o transporte público em Fortaleza (...) a Cidade não pode parar, a gente vai acompanhar para que as pessoas saiam de casa, vão ao trabalho e voltem para suas casas”, disse ontem Costa, em entrevista coletiva após onda de ataques criminosos a ônibus da Capital.   No comando da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) desde janeiro deste ano, André Costa ganhou holofotes por acompanhar de perto ações da pasta e por marcante presença nas redes sociais. Em atividades recentes da SSPDS, o delegado participou de operações da Polícia Militar em comunidades in loco, registrando tudo em perfis nas redes. O secretário também chamou a atenção por responder questionamentos e até provocações criminosas em sua página no Facebook.   O dia seguinte   Até agora, no entanto, estilo do secretário ainda não teve tempo de deixar marca na gestão da segurança. Diante de uma crise, a promessa do titular pode ser passo determinante para criação da marca de sua gestão. Adversário político do governo Camilo Santana (PT), o deputado e policial militar Capitão Wagner (PR) fez análise crítica da resposta do governo aos ataques. “Nada mudou na segurança. O que se tem é muita mídia, muita rede social, muita conversa fiada e enganação”, diz.   “O secretário, por mais que tenha demonstrado compromisso, tenha estado na rua, não tem capacidade de sozinho acabar com a insegurança no Estado”, disse Wagner, que cobra um plano de segurança pública definido para o Estado. “Somente discurso e ficar chamando o bandido para briga não resolve não. O que resolve é planejamento, inteligência”.   Para o sociólogo César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), o essencial é que o governo não recue de ações de combate à criminalidade que podem ter influenciado nos ataques – como a transferência de presos ligados a facções.   “É uma situação muito delicada, mas o recuo nessa hora é uma situação muito forte, porque denota uma certa fraqueza”, diz. Ele descarta, no entanto, tese de Wagner de falta de uma posição mais enérgica do Estado. “Há possibilidade de os ataques terem ocorrido até em resposta a uma ação”, diz.   SAIBA MAIS   Embora não tenha tido tempo de coletar resultados nas estatísticas de segurança, perfil da gestão André Costa já tem resultado prático em aproximação maior do governo com as categorias da Polícia Militar.   A melhora no relacionamento é importante para o governo do Estado, após a gestão Cid Gomes (PDT) ficar marcada por relação conflituosa com Capitão Wagner e associações de policiais militares.   Entre agentes, principal fator de melhora na relação foi o perfil de Costa, próximo de policiais e ávido defensor da categoria nas redes.   CARLOS MAZZA
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