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Militares têm salário igualado à média do NE - QR Code Friendly
Sexta, 07 Abril 2017 04:55

Militares têm salário igualado à média do NE

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A lei que garante o aumento foi assinada por Camilo Santana, na manhã de ontem, em uma solenidade realizada no Palácio da Abolição A lei que garante o aumento foi assinada por Camilo Santana, na manhã de ontem, em uma solenidade realizada no Palácio da Abolição ( Foto: Natinho Rodrigues )
A Lei que equipara o salário dos profissionais da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) ao valor médio recebido pelas categorias no Nordeste foi sancionada pelo governador Camilo Santana, ontem, em cerimônia no Palácio da Abolição. O aumento salarial varia de 3,8% para soldados (passando de R$ 3.134,58 para R$ 3.253,51), a 48% para majores (passando de R$ 7.337,86 para R$ 10.859,49) e será pago de forma escalonada até o ano de 2018.   LEIA MAIS   .DHPP passa por reestruturação   Um terço do reajuste começou a vigorar com a assinatura da Lei, ontem, o segundo terço começará a valer a partir de março de 2018 e o terceiro terço, a partir de dezembro. Os coronéis, com o maior salário entre os PMs do Estado, terão um aumento de 41%, passando de R$ 10.873,72 para R$ 15.300,08.   Como soldados e cabos do Ceará já ganhavam acima da média do Nordeste, foram os profissionais que receberam os menores acréscimos salariais, com 3,8% e 7%, respectivamente. Entretanto, o governador aproveitou a solenidade para revelar que irá enviar, na próxima semana, novo projeto de lei para ser votado na Assembleia Legislativa, que propõe ampliar o reajuste para 10% e 14%.   "O meu compromisso era a média do Nordeste. Porém, quando foi feito o estudo, o Ceará já pagava para soldados e cabos quase a média. O secretário (de Segurança) me pediu para rever isso. As associações também. Juntei minha equipe econômica para fazer uma avaliação. Tomei a decisão de dar esse aumento dentro do limite de responsabilidade que o Estado tem", justificou Camilo Santana.   Segundo Camilo, o reajuste representa um custo total de R$ 400 milhões a mais, por ano, para os cofres do Estado. "Foi feito todo o estudo, com compromisso, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. É recurso do Tesouro, está dentro do orçamento e já estava previsto".   O titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, disse que, para fazer uma transformação na Segurança, como se propôs ao assumir a Pasta no início do ano, a mudança deve começar de dentro da Polícia para fora, nas ruas.   Para o secretário, o aumento salarial é uma medida importante. "Demonstra a valorização que é dada pelo Governo aos policiais. É uma missão árdua, todos nós colocamos a vida em risco todos os dias. O salário é uma das coisas. Não termina aí a valorização. Temos várias outras conquistas a alcançar".   Segundo André Costa, uma dessas conquistas almejadas pelos policiais militares é a obtenção de arma de fogo e de colete próprios para cada agente, proposta que foi reforçada pelo governador Camilo Santana, na solenidade de ontem. "É um absurdo você imaginar um policial sem ter sua própria arma. A minha garantia é que todo policial, até o fim do meu Governo, terá sua arma e seu colete, para que possa estar mais preparado para os embates policiais".   O titular da SSPDS prometeu a compra de armamentos pesados para a Polícia. "Vamos comprar armas de qualidade. Estamos comprando diversos fuzis, carabinas e espingardas para a Polícia Civil e Militar, para que cada viatura possa ter esse armamento longo, de maior capacidade de reação", disse Costa.   Outras categorias   Após os militares, os profissionais da Polícia Civil do Ceará e da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) devem ser os próximos a receber ajuste salarial, conforme a média da categoria no Nordeste. O governador revelou que irá enviar, nos próximos dias, projeto de lei para a Assembleia Legislativa para contemplar os policiais civis e os peritos.   A vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpol-CE), Ana Paula Cavalcante, disse que o diálogo está mais aberto com o Governo, após a crise que se implantou no ano passado, que levou à greve da categoria. Entretanto, a representante sindical afirmou estar preocupada com o aumento que o Governo quer dar para todos profissionais do Ceará, inclusive aqueles que estão em posições mais altas dentro da Polícia Civil, que, segundo ela, é baseado na média da classe do nível mais baixo do Nordeste.
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