O deputado Heitor Férrer (PSB) denunciou, ontem, o furto de algumas peças das máquinas tuneladoras de propriedade do Governo do Estado. Segundo o parlamentar, o diretor de obras subterrâneas do Metrofor, Maurílio Dias, se dirigiu à delegacia e registrou um boletim de ocorrência, informando o furto de peças componentes das tuneladoras, incluindo os motores das máquinas.
“Essas máquinas custaram aos cofres públicos US$ 66,706 milhões, cerca de R$ 220 milhões. Estavam paradas, em suas caixas, e foram furtadas. Ou seja, mais um prejuízo para os cearenses”, lamentou.
Heitor Ferrér relembrou, quando a obra da linha leste do metrô foi anunciada, seguindo exigências para a Copa do Mundo, e destacou que o único equipamento que atendeu a essas exigências foi a Arena Castelão. “Anunciaram uma obra extraordinária, compraram essas máquinas e elas permanecem encaixotadas. E o pior, na aquisição era obrigatória a manutenção, enquanto não fosse utilizada pelo valor de US$ 9 milhões”, criticou.
Para o deputado, a notícia do furto é mais um constrangimento para a população. “Hoje passamos por esse constrangimento inaceitável. Queríamos estar aqui batendo palma para essa linha do Metrô, mas não temos nada. Nem as máquinas trabalham e nem a linha é concluída”, reclamou.
Presos
Em resposta ao pronunciamento de Heitor Férrer, o deputado Evandro Leitão (PDT), líder do governo Camilo na AL, esclareceu que o furto aconteceu em junho de 2016 e que alguns dos responsáveis foram presos, recuperando assim parte das peças. “As peças que não foram recuperadas já foram repostas e as manutenções das máquinas estão acontecendo e em bom estado de conservação”, informou.
O deputado Julinho (PDT), acrescentou ainda que os próprios técnicos da Secretaria de Infraestrutura do Estado garantiram o perfeito funcionamento das máquinas que serão utilizadas para a conclusão da linha leste do Metrô.
Já o deputado Capitão Wagner (PR), por sua vez, questionou a segurança do Estado diante da situação. “Se um equipamento deste valor e de posse do Estado é furtado, imagine os patrimônios do cidadão. E de que adianta reporem as peças se nunca usam a máquina?”, indagou.