A saúde foi um dos temais centrais de debate, ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa. O deputado Capitão Wagner (PT) usou a tribuna do plenário para cobrar melhoria na qualidade nos serviços públicos de saúde, sobretudo em Fortaleza, além de mais responsabilidade na aplicação dos repasses federais para o setor no Ceará. “Que os recursos sejam aplicados na forma devida, fazendo com que a qualidade dos serviços melhorem”, defendeu.
Segundo o republicano, Ceará e Fortaleza estão entre os que mais recebem recursos federais na área. “É importante que a Prefeitura e o Governo do Estado acabem com esse discurso de que o Governo Federal diminuiu os repasses. A gente provou, com números, que o Governo Federal tem passado mais recursos para Fortaleza e para o Estado que repassava em anos anteriores”, ressaltou.
O deputado enumerou uma série de problemas, sobretudo na Capital cearense, destacando a falta de medicamentos nos postos de saúde, superlotação e “atendimentos desumano”.
Na ocasião, a deputada Dra. Silvana (PMDB) reforçou as críticas aos serviços de saúde e disse que, como médica, pode constar a precariedade do atendimento. Ela propôs a criação “de um espaço mais humano para que os pacientes fiquem aguardando leito.”
A peemedebista também criticou a atuação de uma médica do Hospital Frotinha da Parangaba, por, segundo ela, não conceder atestado médico a um paciente comprovadamente acometido de doença. Ao saber do ocorrido, a parlamentar disse que irá encaminhar a situação ao Conselho Regional de Medicina. “O próprio paciente me procurou e ao ver sua ficha médica, constava sintomas como febre alta, mialgia, manchas no corpo e, inclusive, a prescrição de medicação intramuscular. Pois a mesma médica que o atendeu se negou a entregar um atestado. Ela fadou o paciente a trabalhar doente. Que atendimento é esse?”, questionou.
Corte
Já o deputado Heitor Férrer (PSB) lamentou o corte de leitos pediátricos entre 2010 a 2016, em Fortaleza. Segundo ele, um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), divulgado na última segunda-feira (28), mostra que o número de leitos em 2010 era de 1.244. Em 2016, caiu para 803. “Este corte representa o desatendimento e desserviço da nossa saúde pública. Como podemos atender tantas crianças se a população só aumenta e o número de leitos cai?”, questionou.
Heitor Férrer informou ainda que, ao visitar o Hospital Pronto Socorro dos Acidentados de Fortaleza, percebeu que a unidade está para fechar por falta de recursos. “Esse hospital presta uma enormidade de serviços ao nosso Estado e realiza cerca de 400 cirurgias por mês e não recebe verba desde dezembro. Peço ao prefeito que solucione esse problema”, solicitou.
Ao se associar a fala de Férrer, o deputado Walter Cavalcante (PMDB) reconheceu o trabalho do Pronto Socorro dos Acidentados e dos profissionais da instituição e defendeu que prefeito solucione o problema.