PMDB abalado
A extinção do TCM, resultado amargo de uma renhida batalha pela presidência da AL, ainda não teve o seu capitulo de encerramento. O “gran finale” se dará com o julgamento da ADIN no STF. Não obstante, continuam as rusgas e os rancores entre deputados, até bem pouco tempo aliados. Ontem, os que saltaram o muro das lamentações para se entregar ao Governo, foram duramente criticados sem dó ou piedade. Os dois deputados do PC do B, Augusta Brito e Carlos Felipe, que deram as costas a Sérgio Aguiar, “não inspiram a menor confiança e logo percorrerão o caminho de volta, por absoluta falta de espírito publico.
Traíram a causa, aliando-se ao governo totalitário do neocomunista Ciro Gomes e do príncipe herdeiro Cid”. Não faltaram, também, “afagos” aos peemedebistas Agenor Neto e Audic Mota, adjetivados de “oportunistas e fisiológicos, que não se importam em ser caudatários do poder, desde que sejam politicamente contemplados e regiamente bem pagos”. Todas essas criticas vieram na esteira da PEC 02/2016. Os 31 votos a favor da extinção valorizou a importância da engenharia do Governo, ao atrair para suas fileiras quatro deputados da oposição. Sem essas adesões, o Governo não atingiria o quórum de 28 sufrágios necessários para abater Domingos Filho.
Pior que os números foi o efeito moral no bloco oposicionista, humilhado e derrotado pela colaboração dos “traíras”. Extraindo-se as queixas e os desabafos dos que defendiam renovação na AL, é forçoso reconhecer que em todo o processo aflorou inteligência de um lado e faltou competência ao outro. Mesmo que os fins não justifique os meios, os métodos usados como força de atração, pelos Ferreira Gomes, se mostraram eficientes e objetivos para ganhar a queda de braço com o senador Eunicio Oliveira.
Eficiência. Começa a se destacar na AL uma nova força que tem inspirado os derrotados a se motivarem para a reação. A eficiência do deputado Roberto Mesquita liderando a oposição, tem se mostrado mais proveitosa do que o silêncio maquiavélico do seu antecessor.
Pau neles Um dos mais indignados com o caso TCM, o deputado Roberto Mesquita (PSD) acusa os colegas do presidente Domingos Filho, de nem irem à AL para defender o órgão.
Interrupção Ely Aguiar (PSDC), deputado valente e corajoso diz que o fim do TCM trará a descontinuidade das investigações dos 14 prefeitos envolvidos em malversação de dinheiro do povo.
Pelo perdão Só para lembrar ao deputado Ely, 14 deputados estavam envolvidos com processos que tramitam no TCM. Eles votaram a favor de suas causas, apostando na prescrição.
Sopão Chamado de Sopa do Zarur, o caldo servido na AL para deputados suportarem o rojão de seguidas sessões, é tipo 3 F. Fraco, frio e fedorento. De outros efeitos colaterais, ainda não se tem notícia.
Recorde A Lei Orçamentária de 2017, aprovada pela CMFor, atinge R$ 7.587 bi, e teve também aprovadas 453 emendas dos vereadores, cabendo a cada um R$ 758 mil.
Acomodando Elogiável a atitude do presidente do TCE, Edilberto Ponte, ao receber em seu gabinete os servidores do TCM, a quem tranqüilizou sobre a manutenção de seus empregos.
Faxina Para o deputado Ivo Gomes (PDT) o Ceará pode agora estar certo de uma “boa faxina” que não poupará prefeitos ímprobos e que ficam assim, sem “padrinhos”.