O deputado estadual Manoel Santana (PT) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, para destacar que amanhã, 11 de novembro, será o dia nacional de mobilização e de luta. "Sindicatos, associações, estudantes e trabalhadores estão convocando para um dia de luta contra a PEC 55, chamada de PEC das maldades porque congela os gastos públicos na saúde, educação e assistência social por 20 anos. Isso vai trazer enormes prejuízos para nosso País e para as políticas públicas que têm sido adotadas", apontou.
Depois do discurso de Manoel Santana quem falou na sessão de ontem da Assembleia foi o deputado Fernando Hugo (PP). Ele dedicou os quinze minutos regimentais para falar da atual condição em que se encontra o País. "Existe algo duvidoso no Brasil. Uma situação nunca antes vista, com caos e quebradeira provocados pela corrupção e pela irresponsabilidade. O que não compreendo bem é ver um exemplar da esquerda, que acabou o País, dizer o que deve ser feito".
Hugo criticou o que chamou de estímulo a invasões de escolas. "Há professor sendo coagido a fazer parte da greve. Até barricadas fizeram para impedir os professores e estudantes que queiram assistir aula a chegarem nas salas. Isso é de uma cretinice sem tamanho", acusou.
Para ele, era possível prever o cenário. "Falo isso porque há 10 ou 12 anos nesta tribuna, eu alertava para o caminho que o Brasil estava seguindo. Não sou sociólogo e nem tenho veneração para isso, mas a irresponsabilidade administrativa nos levava a casos como o Rio Grande do Sul, que fatiou os salários. O Rio de Janeiro está quebrado, sem perspectiva alguma", avaliou.