Após vitória dos aliados em Fortaleza e em Sobral, cidades consideradas prioritárias pelos Ferreira Gomes, o governador Camilo Santana (PT) não confirmou candidatura à reeleição em 2018. Questionado sobre isso e sobre sua permanência no Partido dos Trabalhadores, ele desconversou.
"A minha preocupação nesse momento é de cuidar do Ceará. A eleição só é em 2018 e até lá vamos tomar decisões importantes em relação a isso".
A afirmação foi dada na manhã desta segunda-feira, 7, em entrevista ao vivo no programa O POVO no Rádio, apresentada pelo jornalista Luiz Viana.
Nos bastidores, fala-se sobre possibilidade de Camilo deixar o partido e não candidatar-se ao Governo do Estado. Revistas nacionais chegaram a cogitar candidatura ao Senado. Em seu lugar, Cid Gomes (PDT) seria o candidato ao Palácio da Abolição, fortalecendo ainda o projeto do irmão Ciro Gomes (PDT) de chegar à Presidência da República. O governador não comentou sobre os boatos e preferiu focar no seu mandato, priorizando as áreas do combate à seca e da segurança pública.
A estratégia se assemelha à que o senador Tasso Jereissati (PSDB) tentou colocar em prática em 2006. Na época, o governador era Lúcio Alcântara (ex-PSDB, hoje no PR). Prevendo uma possível derrota do aliado e tentando evitar um rompimento com os Ferreira Gomes, Tasso buscou convencer Lúcio a concorrer a uma vaga no Senado e desistir da reeleição. Assim, o PSDB apoiaria a candidatura de Cid Gomes (na época no PSB, hoje no PDT) ao Governo do Estado. Lúcio Alcântara acabou recusando a proposta e os dois romperam politicamente. Foi derrotado por Cid ainda no primeiro turno.
“Greve ilegal”
Sobre a greve da Polícia Civil, Camilo afirmou que as reivindicações são justas, mas a greve é "ilegal" e "um desrespeito, uma afronta à população e à Justiça".
"Claro que (os policiais) têm razão, toda reivindicação é justa, porém eu honrei um compromisso que acordei com eles no primeiro ano do meu governo, cumpri e implantei num momento de crise que ninguém está fazendo aumento", argumentou, fazendo referência ao reajuste salarial dado aos escrivães e inspetores.
"Eu assumi um compromisso de que faria a revisão disso e ainda no final do primeiro ano eu assumi o compromisso, fiz um acordo com o sindicato, esse ano eu mandei uma lei pra Assembleia Legislativa, foi aprovada, implantei no salário do servidor da Polícia Civil, e eles já receberam no mês de outubro", disse.
SERVIÇO
Programa O POVO no Rádio
Quando: de segunda a sexta-feira, das 9 h às 11 horas, com o jornalista Luiz Viana
Onde: rádio O POVO/CBN. FM95.5
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