das em lugares onde os ricos transitam”, avalia Paula.
Construções são destacadas com frequência no programa de televisão do prefeito. Um dos motes de sua campanha tem sido: “para cada ataque, vamos apresentar uma obra realizada”. Os adversários de RC buscam atribuir-lhe o rótulo de prefeito dos ricos e aquele que prima pelo concreto em vez de pessoas. Para Paula, as mudanças na cidade também colaboraram para o prefeito se destacar como moderno.
No caso de Capitão Wagner (PR), ele é considerado autoritário (44%), mas percebido como quem vai atender os anseios dos mais pobres (28%). “Capitão Wagner cresce nas periferias. Todo programa, ele traz essa identidade, de alguém que cresceu pobre, mas teve sucesso. Por ser policial, é associado à autoridade. Tem esse viés”, analisa Paula.
O candidato admite a dificuldade de suavizar a imagem de autoristarismo atrelada à sua profissão. “Acho que já está provado que governos autoritários não funcionam. De forma alguma será nosso caso”, argumenta Wagner. Ele credita o marketing de sua campanha pelo bom resultado como inovador. “Alguns candidatos estão ate tentando copiar nosso formato (TV e redes sociais). Se estão fazendo isso é porque ele é bom”, afirma.
Já a terceira colocada em intenções de voto, Luizianne Lins (PT), aparece como menos autoritária e como uma das que privilegiaria os mais pobres se conseguisse se eleger. “É um indicativo claro de como as pessoas perceberam nossa administração voltada para pessoas com menos recursos”, diz o coordenador de campanha do PT, Waldemir Catanho.
No entanto, 20% dos entrevistados acreditam que ela faz promessas que não pode cumprir - em empate técnico, dentro da margem de erro de três pontos percentuais, com RC (18%) e Wagner (14%). No quesito “realizador”, Luizianne empata com Wagner em 2º lugar (16%). “Dá pra perceber que o governo da Luizianne deu prioridade aos direitos sociais e humanos. Como ela diz ‘cuidou das pessoas’. Mas isso não dá visibilidade, não chama atenção, retorno imediato. É mais a longo prazo”, diz Paula.
Ela justifica que por ter obras não concluídas, como o Hospital da Mulher que foi entregue sem funcionar plenamente, a candidata teve imagem prejudicada na análise de seu legado.