Candidatos à Prefeitura de Fortaleza ainda não colocaram em prática o sistema de arrecadação de recursos para a campanha eleitoral via Internet.
O método era uma das principais apostas para a arrecadação de recursos para o financiamento eleitoral, já que a nova legislação proíbe doações de empresas e limita a doação de pessoa física com base na renda anual.
Em Fortaleza, o fundo partidário e a doação de empresários é que têm arcado com os custos das campanhas majoritárias.
O POVO procurou todas as oito candidaturas para comentar os métodos utilizados por cada um deles para a arrecadação do financiamento eleitoral.
Tanto o prefeito Roberto Cláudio (PDT) quando o deputado Capitão Wagner (PR) ainda não colocaram em prática a forma de arrecadação por receio da nova legislação eleitoral.
“Pensamos em fazer isso, mas estamos aguardando posicionamento do TSE sobre o assunto. Temos que cumprir a lei. Estamos preocupados em dar um passo e depois for identificado que não é um ato legal e dar problema para a campanha. Há ainda uma nebulosidade sobre o assunto”, disse o prefeito.
O candidato do PR também se mostra receoso quanto às novas regras. “A gente está percebendo que há uma série de dificuldades em relação a essa nova legislação e estamos pisando em ovos para não cometer atos de ilegalidade”, disse.
O deputado não descarta o método de doação, mas adianta que não quer desgastar a candidatura com algum tipo de doação irregular.
O POVO procurou a tesouraria da campanha de Luizianne Lins, mas as ligações não foram atendidas. As chamadas para Francisco Gonzaga e sua assessoria também não foram atendidas até o fechamento desta página. (Wagner Mendes)