Diante do clima pré-eleitoral com o início da campanha, as sessões da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa, neste início de segundo semestre legislativo, têm registrada uma pequena frequência de vereadores e deputados. Ontem, não foi diferente, principalmente em razão das últimas convenções que aconteceriam em Fortaleza e no Interior. O prazo definido no Calendário Eleitoral para a realização de convenções termina nesta sexta-feira.
Ontem, na Câmara, sem alcançar o quórum mínimo de 22 vereadores para iniciar a Ordem do Dia, a sessão foi marcada por falas dos parlamentares sobre a educação e saúde e encerrada por volta das 11h30. O principal tema levado à tribuna foi a greve dos professores estaduais, que já dura 100 dias.
Na Assembleia, as três sessões realizadas nesta semana, pós-recesso de meio do ano, deixaram clara a intenção dos parlamentares em se manterem firmes nas campanhas para prefeitos e vereadores que concorrerão neste pleito em suas bases eleitorais. Ontem, mais uma vez o Parlamento ficou esvaziado por quase a totalidade dos discursos.
Sem muita cerimônia ou o mínimo constrangimento, os deputados estaduais chegavam ao Plenário 13 de Maio, registravam a presença e, em menos de cinco minutos iam embora. Durante o discurso de Renato Roseno (Psol), o primeiro a usar a tribuna no Primeiro Expediente, apenas Silvana Oliveira (PMDB), que no momento presidia a sessão, e a petista Rachel Marques acompanhavam.
Oposição
Depois de Roseno foi a vez de Rachel se pronunciar. Depois que falou, durante quinze minutos, Marques saiu para seu gabinete, ficando apenas a sua bolsa na bancada. Nesse momento, estavam no Plenário somente os deputados Capitão Wagner (PR), Carlos Matos (PSDB) e Fernanda Pessoa (PR). A base de oposição usou o tempo que pode para lançar críticas ao governo, sem contraponto, posto que na hora dos discursos de Matos, Silvana e Wagner, não havia ninguém da base aliada ao governador Camilo Santana para fazer a defesa.
Também chamou atenção a inexistência de projetos na pauta de votação, visto que as quintas-feiras são destinadas a apreciação de matérias pelo Plenário. Enquanto não há votação por conta da baixa presença na Casa, mais de 260 Projetos de Leis, 109 de Indicação, dez de Lei Complementar, onze de Resolução e nove Propostas de Emenda à Constituição, aguardam para serem votados.