Durante o Primeiro Expediente, ontem, na Assembleia Legislativa, os dois primeiros oradores inscritos estavam ausentes, Evandro Leitão (PDT) e Bruno Pedrosa (PP). O presidente da sessão, deputado Manoel Duca (PDT), tentou antecipar o discurso de Heitor Férrer. O parlamentar se negou a atender e cobrou que fossem cancelados os discursos dos faltosos. O pedido foi aceito e Heitor fez uso da palavra após quase meia hora de críticas à postura dos membros da base aliada do governo.
Passados os embates, o deputado Roberto Mesquita (PSD) subiu a tribuna, durante espaço reservado pela ordem, e relatou que o critério de entrada no Parlamento para ocupar uma das 46 cadeiras é o voto, não havendo quem ali esteja por nomeação. "Talvez seja pensando que alguns são nomeados que se coloca parlamentar em situação de dificuldade". Mesquita respondeu ao posicionamento dos deputados Manoel Santana e Rachel Marques que durante as discussões, pouco antes, criticaram as lamentações que partiram de quem se opôs à falta dos inscritos para utilização da tribuna.
Ele avaliou que os colegas do Partido dos Trabalhadores, não poderiam falar de quem tutela e critica mandato porque teria sido o PT quem mais tutelou e massacrou os mandatos. "Até caixão de defunto na cabeça os parlamentares petistas colocaram na cabeça, fazendo enterro simbólico, gritando fora FHC".
Os petistas não ficaram calados. Santana relatou que o PT tem 36 anos e, portanto, não poderia ter inventado a política, bem como suas sequelas. Rachel considerou os termos usados por Mesquita "desrespeitosos". "O PT pode ter seus erros, mas tem um legado enorme a partir dos governos Lula e Dilma. Legado para a população no combate a miséria, além de ter a cara da democracia brasileira", rebateu.