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Esquerda dividida na disputa em Fortaleza - QR Code Friendly
Terça, 21 Junho 2016 04:16

Esquerda dividida na disputa em Fortaleza

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Para Luís Carlos Paes, presidente do PCdoB no Ceará, "PT, PCdoB e outras forças" deveriam apoiar, neste pleito, a reeleição de Roberto Cláudio Para Luís Carlos Paes, presidente do PCdoB no Ceará, "PT, PCdoB e outras forças" deveriam apoiar, neste pleito, a reeleição de Roberto Cláudio ( Foto: Kiko Silva )
Apesar de estarem unidos nacionalmente contra o governo interino de Michel Temer, nas eleições deste ano, em Fortaleza, partidos com representação ideológica mais à esquerda vão atuar em lados opostos. Enquanto o PCdoB fecha questão em torno da candidatura à reeleição de Roberto Cláudio, que é do PDT, PT e PSOL vão atuar contra a postulação do atual gestor da capital cearense.   Um problema que os partidos de esquerda tendem a enfrentar durante o período eleitoral é a falta de recursos oriundos do setor privado para suas campanhas, bem como a minirreforma política que acabou prejudicando as siglas menores. A falta de confiança de parte da população para com tais grêmios também pode afetar o desempenho de seus postulantes.   O PSOL ainda não decidiu como atuará no pleito de 2016, o que só deve ocorrer em 23 de julho, na convenção da legenda. Segundo o deputado estadual Renato Roseno, a sigla precisa definir estratégias e buscar crescer no Interior. Para isso, deve lançar ao menos 30 candidatos para a disputa majoritária e ter chapas proporcionais com centenas de postulantes ao cargo de vereador. "O nosso objetivo é indicar mais, mas as regras são as piores possíveis", reclamou.   O PSOL tende a lançar nomes consolidados dentro da sigla, mas o vereador João Alfredo, que tem capilaridade eleitoral na Capital, já disse que pretende encerrar a vida pública e se dedicar aos estudos. Toinha Rocha deixou o partido e aderiu à Rede, sobrando o nome de Roseno para encabeçar a chapa. "A gente tem que decidir se vai lançar candidaturas com maior densidade eleitoral ou se investirá para percorrer o Interior. Estamos vendo todas essas variáveis", afirmou.   Alianças   Presidente do PCdoB no Ceará, Luís Carlos Paes afirmou que, em todo o Brasil, o partido resolveu construir alianças nas principais cidades e estar junto com PT e PDT - segundo ele, onde determinada candidatura estivesse mais forte, o apoio dos aliados seria direcionado para ela.   Em São Paulo, por exemplo, o PCdoB vai apoiar a candidatura à reeleição de Fernando Haddad, do PT. "Em Fortaleza, seria natural que essas forças se congregassem para impedir uma vitória do bloco conservador. Eu sei que está difícil, mas o ideal seria se nós, PT, PCdoB e outras forças, uníssemos nossas forças em torno de Roberto Cláudio. O PT ajudaria mais ao Brasil nesse momento fazendo essa união e poderia até lançar um vice", defendeu. Sem isso, Paes chegou a dizer que o PCdoB poderia indicar o deputado federal Chico Lopes como candidato a vice-prefeito do pedetista.   O partido aposta em, no máximo, 25 candidaturas majoritárias no pleito de 2016. A ideia é ultrapassar a quantidade de prefeitos eleitos no pleito de 2012, que foram sete.   Militância   Presidente do PT Fortaleza, Elmano de Freitas disse que a sigla trabalhará, principalmente, na participação dos militantes. Com a pouca possibilidade de se coligar no primeiro turno da campanha, ele disse que ainda vai conversar com outras legendas, mas primeiro atuará na constituição de um plano de governo para a candidatura petista. "Estamos tranquilos e temos um nome forte na corrida eleitoral. Temos nossos vereadores e militância popular, e achamos que a eleição de primeiro turno é diferente, onde poderemos ter 20% a 25%", declarou.   Segundo Elmano, a executiva nacional do PT já informou que a campanha terá o mínimo de recursos possíveis e que os candidatos vão depender, principalmente, da campanha militante. Na próxima terça, ele se reúne com o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, em Brasília, para fechar agenda de visitas do dirigente, bem como do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada, Dilma Rousseff, a Fortaleza para dar apoio ao nome de Luizianne Lins.
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