Apontado por opositores como “grande vencedor” no Ceará com um possível impeachment, Eunício Oliveira (PMDB) ainda evita analisar cenários “pós-Dilma” no Ceará. O senador, no entanto, critica postura de Cid e Ciro Gomes (PDT) e do governador Camilo Santana (PT) na votação de ontem pela Câmara dos Deputados.
“Nós temos que ter calma, paciência. Não é hora de dizer se alguém vai subir ou descer, tem que ter muita serenidade. Agora, é fato que eles (Cid, Ciro e Camilo) fizeram tudo que eles costumam fazer quando se trata de uma disputa de poder. Perderam o limite, pressionaram deputados, expuseram aliados”, diz Eunício Oliveira.
Sobre a eleição em Fortaleza, Eunício mantém que o PMDB possui hoje candidatura própria, mas existe plano da oposição em se aliar contra RC no 2º turno. “Se for contra o Roberto Cláudio, nós apoiamos qualquer um dos nomes que estão aí, do Heitor ao Psol, vai ter apoio”, disse.
Apesar de admitir que um governo Temer levaria Camilo Santana para a oposição, Eunício afirma que não faria oposição ao petista que prejudicasse o Estado. “O que for do interesse do Estado sempre vai ter o meu apoio”, diz o senador.
Eunício, no entanto, aproveita para alfinetar Camilo Santana e seu antecessor Cid. “Camilo não tem conseguido recursos nem no governo Dilma, isso porque o governo está falido. Ele recebeu o governo quebrado, e não pode dizer que recebeu quebrado porque é aliado”.
Nos últimos meses, o governador Camilo Santana tem feito diversas viagens a Brasília para garantir recursos junto ao governo federal. Na sexta-feira, o governador anunciou termo de compromisso assinado junto ao Ministério da Integração Nacional que garantiria R$ 48 milhões adicionais para obras emergenciais de combate à seca no Ceará. (CM)