O presidente do PT Fortaleza, deputado Elmano de Freitas, informou que, em âmbito municipal, a mobilização da sigla está integrada às atividades programadas pela Frente Brasil Popular. Na noite de ontem, porém, o diretório municipal do partido na Capital se reuniu para, nas palavras dele, "discutir o calendário eleitoral e ver como participar dessa semana".   "No PT, nós temos muita unidade quanto a isso. Todo mundo está lutando contra o impeachment. É muito mais um debate sobre como vamos participar da mobilização, um debate muito mais de encaminhamento do que de mérito", completou.   In loco   Apesar disso, delegar lideranças cearenses para acompanhar os debates "in loco", na capital federal, não está nos planos do partido, de acordo com os petistas ouvidos pelo Diário do Nordeste. Para Elmano de Freitas, "quem tem que estar lá nessa hora são os deputados e os senadores", posição semelhante à defendida pelo presidente estadual da sigla. "Estamos orientando delegações a irem (para Brasília), mas há um enfrentamento a ser feito aqui no Ceará", considera De Assiz Diniz.   Segundo ele, uma delegação cearense do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegou a Brasília no último sábado (9) e está acampada em vigília nas proximidades da Esplanada dos Ministérios.   Na próxima sexta-feira (15), data em que deve começar a votação, no plenário da Câmara, pela continuidade - ou não - do processo de impedimento contra a presidente da República, o dirigente adianta que outras duas delegações saídas do Ceará chegam à cidade: uma de movimentos sociais e outra de integrantes de movimentos da juventude. "São todos da base do PT, mas o diretório vai ficar (no Ceará). É uma discussão interna do partido e nós vamos estar na mobilização", disse.   O presidente do PT na capital cearense, por sua vez, vê a mobilização local das militâncias de esquerda, "não só do PT", com unidade. "Nós vivenciamos, no período, uma unidade de duas frentes, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. Ambas passaram a ter atividades conjuntas, em defesa da democracia brasileira e de uma nova política econômica para o País. Considero acertada a união dessas militâncias de esquerda e a pauta", avaliou Elmano.