Segundo Izolda Cela, o governador Camilo Santana busca parcerias para as ações na sociedade civil
( Foto: JL ROSA )
A coordenadora do Pacto por um Ceará Pacífico, a vice-governadora Izolda Cela, disse, em entrevista ao Diário do Nordeste, ontem, que a proposta necessita de muitos recursos para ser implementada com eficiência no Ceará. Segundo ela, para se ter resultados eficientes em todos os programas inseridos em tal instância, é necessário que o Governo do Estado realize parcerias com a sociedade civil organizada, visto que apenas com recursos estaduais o projeto pode ficar inviável.
"Por isso que temos que procurar parceiros nesse sentido. O modo como conseguiremos parceiros está em construção", disse Cela, que participou do lançamento do Comitê Estadual de Prevenção à Violência Contra a Criança e Adolescente, na Assembleia Legislativa. Ela informou que, na próxima semana, o governador Camilo Santana fará reuniões com empresários e instituições para tratar do assunto. "Temos que ver como esses setores podem nos ajudar".
Conforme Izolda, o Ceará Pacífico é uma instância daqueles que têm responsabilidade direta e indireta na gestão pública, por meio da qual tentarão reduzir a violência sob uma ótica mais completa e integral.
Para tanto, é necessária a integração de diversas pastas do Governo, como as secretarias de Segurança, Justiça e Educação. No caso desta última, por exemplo, há um diálogo sobre as prioridades primária e secundária. "O compromisso que o governador demanda da secretaria no que diz respeito à rede é o esforço para a expansão do ensino integral. Ele quer que os municípios possam empreender o tempo integral, principalmente, até o nono ano", explicou.
Fortaleza, Sobral e Eusébio já trabalham nessa perspectiva. O Ceará Pacífico, nas palavras da coordenadora, tem como meta apresentar resultados a médio e longo prazo. "Temos políticas com uma força de prevenção".
De acordo com a vice-governadora, Camilo está empreendendo na tentativa de conseguir parceiros para que o ritmo de expansão das escolas em tempo integral, por exemplo, seja mais vigoroso. "O orçamento é um limitador, porque não tem para onde correr. É mais dinheiro mesmo", reconheceu.
Próximos programas
Para os próximos meses, segundo Izolda, dois programas devem ser implantados: o Tempo de Justiça e outro relacionado a medidas socioeducativas. O primeiro diz respeito à busca por maior eficiência nas investigações de homicídios. A proposta, que deve ser concluída até abril, envolve todo o sistema de Justiça, como Ministério Público, Defensoria Pública, Secretaria de Justiça e Polícia Civil.
Outro projeto é o Sistema de Medidas Socioeducativas, voltado à estrutura dos centros socioeducativas, que, nas palavras de Izolda Cela, "passam por uma turbulência". "Mas o sistema não se resume a isso. Se trabalharmos como um todo, tentando encontrar políticas de prevenção para esses jovens, nós teremos muito menos meninos indo para esses centros", acrescenta a vice-governadora cearense.