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São muitos interesses por trás das filiações - QR Code Friendly
Segunda, 29 Fevereiro 2016 04:22

São muitos interesses por trás das filiações

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Pastor Everaldo, sexta-feira em Fortaleza, ao lado de Vanderley Pedrosa, pai do deputado Bruno Pedrosa, que já acertou seu ingresso no PP Pastor Everaldo, sexta-feira em Fortaleza, ao lado de Vanderley Pedrosa, pai do deputado Bruno Pedrosa, que já acertou seu ingresso no PP ( Foto: Kiko Silva )
Está valendo tudo na disputa pelo controle de partidos e número de filiações, principalmente quando estas são de detentores de mandatos eletivos. É um verdadeiro "Mercado Negro", onde entra recursos do Fundo Partidário, promessa de cargos públicos em todas as esferas da administração, além da garantia de influência política para defesa de prefeitos, vereadores e demais liderados.   E não fica por aí. Tudo é possível oferecer ou pedir, de modo que, até o próximo dia 19, quando termina o prazo da tal "janela partidária", criada pela emenda constitucional 91, é quase impossível se diagnosticar, com a seriedade reclamada pelo tema, o quadro da sucessão municipal em Fortaleza.   Os bastidores fervilham. Como aqui, em outro momento, já afirmado, todas as questões postas para formação de alianças estão voltadas para o pleito de 2018, a eleição presidencial, de governadores, senadores e deputados: federais e estaduais. Só os candidatos a prefeito estão realmente focados unicamente em outubro próximo.   E os interesses hoje, no centro das negociações, vão de participação na chapa majoritária estadual ao inchaço dos partidos para o usufruto de suas vantagens, a partir da venda dos espaços a eles conferidos no rádio e na televisão, passando pela divisão do bolo da gestão administrativa, onde os comandantes podem se refestelar com uns poucos da entourage.   Janela   E no ambiente atual, quando eles só pensam em 2018, indicar candidato a vice-prefeito é coisa menor. Os deputados estaduais Capitão Vagner (PR) e Heitor Férrer (PSB), dois nomes de expressão eleitoral, segundo os números de votos neles depositados nas últimas disputas, correm atrás de um vice, também para firmarem alianças com outras siglas. Aliás, ambos sonham com um nome do PSDB.   Roberto Cláudio, com o maior número de partidos já acertados, parece pouco ter recebido indicação de nomes para ser vice. Renato Roseno, como em outros pleitos, também não sofre pressão para aceitar vice.   Desde a semana passada sofrem mudanças as bancadas partidárias na Assembleia. O primeiro a trocar de sigla foi o deputado Joaquim Noronha, eleito pelo PP, hoje o deputado comanda no Ceará o PRP, antes dele, mas, também muito recentemente, já haviam deixado as legendas pelas quais se elegeram para formar a bancada do Partido da Mulher Brasileira (PMB), a última sigla formada no País, as deputadas Bethrose e Laís Nunes, além de Júlio César, Naumi Amorim e Odilon Aguiar. Nesta semana, é a vez da transferência de nove deputados do PROS para o PDT.   O PDT, com o ingresso dos liderados de Cid Gomes, reunirá onze deputados estaduais. O peemedebista Walter Cavalcante pode ser o décimo segundo. Sua indisposição com o PMDB, antes mesmos de ser afastado da direção municipal do grêmio, o aproximou mais ainda do prefeito Roberto Cláudio, cuja relação política ficou consolidada quando ele presidiu a Câmara Municipal de Fortaleza, no início desta legislatura. O PMDB poderá perder mais ainda dois parlamentares estaduais: Agenor Neto e Doutora Silvana. Esta, dada como certa no PP, que perdeu Joaquim Noronha, mas ficou com Zé Ailton, e ganhará Bruno Pedrosa, Doutora Silvana, Fernando Hugo e Lucílvio Girão, ambos saídos do Solidariedade.   Outras mudanças ainda poderão ocorrer. A persuasão de um lado, e o interesse de se dar bem do outro são os dominantes na política cearense nestes dias. E sem reservas. É comum se ouvir alguém dizer que mudou de partido, por necessitar de um padrinho forte no Governo. A propósito, a maioria das novas filiações são de políticos apontados como da base de apoio à gestão de Camilo Santana, leia-se os nomes do PMB e do PP.   Federal   O ministro Gilberto Kassab programou um evento do programa Minha Casa, Minha Vida no Ceará, no próximo fim de semana, juntamente com o evento político que é a filiação do deputado federal Domingos Neto, ainda presidente estadual do PMB. Também deverá estar em Fortaleza, no mesmo período, a presidente nacional do PMB, Suêd Haidar, tendo em vista que, ato contínuo, ou em instantes seguintes, haverá a filiação da prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, hoje comandando o PSD. De fato, mãe e filho inverterão suas posições nas duas agremiações.   Kassab, pelo que dizem correligionários seus daqui, quer mais um deputado federal para o PSD, embora os deputados federais não levem mais para as novas siglas recursos do Fundo Partidário e tempo de rádio e TV. O deputado Adail Carneiro (PHS) é o preferido. Ele tem dito não às investidas, segundo se informa, apontando suas perspectivas nacional e local no PHS.   Diferentemente de Adail, o deputado federal Vitor Valim, insatisfeito no PMDB, ainda busca uma nova sigla. Sua última investida foi no PSC, mas sofreu uma forte reação de filiados ao partido em Fortaleza que, inclusive, fez o presidente nacional da sigla, Pastor Everaldo, vir ao Ceará, na última sexta-feira, para acalmar os ânimos.   Valim, pela conversa que teve com o deputado Heitor Férrer e com correligionários do prefeito Roberto Cláudio, mira agora uma candidatura a vice-prefeito. Ele lutou o quanto pôde para se viabilizar como postulante a prefeito dentro do PMDB, mas não foi bem-sucedido.   Petistas   O governador Camilo Santana conversou com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, sobre sua decisão de votar em Roberto Cláudio. Poucos petistas estão sabendo do encontro, incisivo como aqui havia sido anunciado. Ele ainda vai tratar do tema com a presidente Dilma Rousseff, para só em seguida abrir o ciclo de tratativas com os petistas locais.   O governador disse ao presidente nacional do PT que não aceitaria ser comandado por um pequeno grupo do seu partido no Estado, e muito menos que decisões fadadas a lhe trazer dificuldades para a governabilidade e o futuro político dele fossem tomadas sem a sua participação como filiado e a maior expressão política do PT no Estado, como a de o partido ter candidato próprio à Prefeitura da Capital.
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