Uma comissão de parlamentares recebeu, ontem, funcionários públicos que fizeram manifestação em frente à sede da Assembleia Legislativa do Ceará e se comprometeu a levar as reivindicações das categorias ao governador Camilo Santana. Os servidores públicos do Estado concluíram as 48 horas de paralisação e ameaçam greve geral, a partir do dia 1º de março, após plenária que será realizada na Praça do Ferreira, a partir das 8 horas.   Ao Diário do Nordeste, o líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), afirmou que a atual gestão tem se notabilizado pelo diálogo com as categorias, especialmente no momento de dificuldade financeira pelo qual o Estado tem passado. Ele afirmou, no entanto, que é necessário ter responsabilidade para não conceder reajustes salariais sem ter o devido alicerce econômico.   "O Governo do Estado disse que somente ao final do primeiro trimestre poderia tratar sobre reajuste. Nós não podemos falar outra coisa a não ser isso. Temos que aguardar para ver se o Governo poderá dar o aumento", disse o pedetista. Dentre as reivindicações das categorias, está reajuste salarial de 12,6%.   Estudo   À comissão de parlamentares que acompanhou os reclames dos servidores, foi entregue um estudo com análise das finanças públicas do Ceará, no qual é apresentada a possibilidade de se incrementar a arrecadação do Estado, aumentando tributos para que, com isso, a capacidade arrecadatória seja também aumentada. Os profissionais ressaltaram, ainda, que vão realizar uma plenária no dia 1º de março, para debater a possibilidade de deflagrar uma greve geral dos servidores do Estado.   De acordo com o presidente do Sindiodonto, Cláudio Ferreira, a intenção dos servidores é pressionar a bancada de oposição da Casa, bem como a base aliada, para exigir uma reunião com Camilo Santana. "Queremos um reajuste de 12%, e o Governo nos apresentou zero. Ele diz que vai averiguar a situação do Orçamento para depois nos dar uma resposta. Desde o segundo semestre do ano passado ele está analisando isso. Não é possível que já estejamos no fim de fevereiro e ele não nos diga nada ainda", lamentou.   Na manifestação de ontem, estavam representantes de, pelo menos, seis sindicatos, além do Movimento em Defesa dos Trabalhadores da Maternidade Escola (MDTS), da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e da Universidade Regional do Cariri (URCA).