Em pronunciamento, ontem, na
Assembleia Legislativa, o deputado Lucílvio Girão
(SD) criticou a possibilidade do fim do programa Farmácia Popular, devido ao corte dos recursos para a ação na Lei Orçamentária de 2016 do Governo Federal.
Agenor Neto- social
De acordo com o parlamentar, o deputado Agenor Neto (PMDB) ouviu, em Brasília, rumores sobre o corte do programa em reunião no ministério da Saúde, em função da falta de recursos. “O Agenor confirmou o que vinha pensando. Esse programa não pode acabar. Eles querem acabar com a Farmácia Popular. Ele não pode acabar de maneira nenhuma, é o único programa que não pode acabar nesse país, ele faz a prevenção e salva vidas”, destacou.
Lucílvio Girão salientou que na Farmácia Popular, o consumidor paga 10% do valor do medicamento, enquanto o Governo paga 90%. “São 90% dos medicamentos que são pagos pelo Governo Federal. Muita gente não tem dinheiro nem para comprar comida, avalie para comprar remédios”, assinalou.O deputado salientou que os remédios para hipertensos e diabéticos, por exemplo, são medicamentos importantes que não podem faltar. “Uma pessoa que tem asma, precisa de remédio. Uma pessoa que é hipertensa se ficar sem medicamento pode até vir a óbito. É absurdo”, apontou, salientando ainda que, sem o subsídio, poderá haver aumento de ocupação de leitos por infarto e AVC, que podem ser controlados por medicamentos.
Para o parlamentar, com as pessoas mais doentes e as unidades hospitalares mais lotadas, o Governo tem mais despesa. “É mais dispendioso para o Governo as pessoas no hospital e na Unidade de Tratamento Intensivo. É também perverso tirar das pessoas o acesso mais fácil a medicamentos”, afirmou.
E aindaEm aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) ressaltou que a indústria farmacêutica “é uma máfia”. “O que dizer de um País que prende o homem que descobriu a cura do câncer. A indústria farmacêutica não permite que exista cura para o câncer pra ela vender mais, se aproveitar de pessoas doentes. É um absurdo”, criticou.Já a deputada dra. Silvana (PMDB) ponderou que “tirar medicamentos dos doentes, é uma sentença de morte”.