“O PT se movimenta rumo a 2016”. A declaração é do presidente do partido no Ceará, De Assis Diniz, dando conta de que a legenda, no próximo dia 25, no Hotel Praia Centro, reunirá todas as correntes para começar a discutir como vai se comportar na próxima conjuntura e o arco de alianças para as eleições de 2016. O encontro contará com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e segundo De Assis, está em negociação a presença do ministro da Defesa Jaques Wagner.
O PT tem razão de se preocupar, quando se pondera que o cenário nacional, de ajuste fiscal, tem ido na contramão do que a sigla vem defendendo nas últimas gestões petistas, onde se vem cortando programas sociais e tributando ainda mais os trabalhadores, gerando desgaste na população, podendo assim, gerar prejuízos aos candidatos petistas na eleição de 2016.
Segundo De Assis, mesmo com foco na organização da base do partido, já na busca de apresentações de nomes para as eleições de 2016, especialmente em Fortaleza, o PT deverá, sim, refletir e traçar estratégias para que o cenário nacional não inviabilize os candidatos, principalmente, aqueles que buscarão reeleição.
“É um momento do conjunto do partido debater como se comportar nesta conjuntura, que arco de alianças vamos fazer e a apresentação de nomes de viabilidade e densidade eleitoral dos vários municípios, e reafirmar a importância da reeleição dos atuais prefeitos”, pontuou De Assis.
Plenárias Regionais
O pleito de 2016 já tem mobilizado o Partido dos Trabalhadores em Fortaleza. desde o início deste ano. A executiva municipal tem realizado diversos seminários ouvindo os seus correligionários e a sociedade sobre a gestão do prefeito Roberto Cláudio, onde reafirmaram oposição ao chefe do Município, além de, também, não terem deixado de lado o debate sobre a crise política nacional. No último dia 12, iniciou-se na Capital as plenárias regionais, com objetivo de continuar o debate de olho na conjuntura política local e nacional.
Prática comum
Segundo o presidente do PT Fortaleza, o deputado estadual Elmano Freitas, essa é uma prática comum do partido desde a sua fundação. “Essas plenárias realizadas com a presença do partido e do povo é uma prática que se mistura à história do PT, inclusive daí surgiu o orçamento participativo, então o que a gente faz hoje é apenas dar continuidade ao que a gente sempre fez”, afirma Elmano. Ele tem cobrado da presidente Dilma uma reorientação política e econômica, tendo a redução das taxas de juros como elemento central dessa mudança.