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Petista critica política econômica do Governo - QR Code Friendly
Sexta, 14 Agosto 2015 04:34

Petista critica política econômica do Governo

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O deputado Carlos Felipe citou ato em que ativistas da Marcha das Margaridas, em Brasília, viraram as costas a o Congresso como sinal de repúdio O deputado Carlos Felipe citou ato em que ativistas da Marcha das Margaridas, em Brasília, viraram as costas a o Congresso como sinal de repúdio ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
  As medidas econômicas adotadas pelo Governo da presidente Dilma Rousseff têm recebido diversas críticas por parte de parlamentares. Mas o arrocho econômico não tem desagrado somente aos oposicionistas. Na manhã de ontem, o petista Elmano Freitas condenou, em discurso na Assembleia Legislativa, as políticas adotadas para a economia brasileira. O deputado também defendeu redução da taxa de juros vigente no País. Em seu pronunciamento, o parlamentar criticou, por exemplo, as ações que foram implementadas para o PIS dos trabalhadores brasileiros, em que alguns só serão beneficiados no próximo ano, e lamentou que bancos tenham se beneficiado com a crise vigente no País. O deputado Roberto Mesquita (PV) já havia feito pronunciamento semelhante afirmando ser inaceitável a taxa de juros empreendida atualmente no País e o crescimento dos bancos em detrimento de outros setores da economia brasileira. Já o petista afirmou que o Governo Federal "jogou" para o ano que vem o pagamento do PIS dos trabalhadores, o que representa incremento de R$ 2 bilhões nas contas da União para este ano. "O sujeito que nasceu em maio só vai receber o PIS no ano que vem", reclamou. Na reunião da executiva nacional, o PT pediu ao Governo Federal uma reorientação da política econômica, incluindo a redução da taxa de juros. O deputado também salientou que a taxa de juros do País já representa 10% do Produtor Interno Bruto (PIB) do País, o que para o deputado não é aceitável. Elmano Freitas destacou também o surgimento de uma Frente Popular que vai unir diversas entidades da sociedade civil organizada, como UNE, CTB e MST, que vão para as ruas no dia 20 de agosto "para dizer ao Governo que não querem a taxa de juros como está". "É isso que tem que acontecer, e não tirar o PIS do trabalhador. Nesse País, os ricos não pagam impostos e o setor produtivo tem que ter um sistema tributário mais simples", completou Elmano. Transformações Roberto Mesquita lembrou que foi por meio de pronunciamentos como o que foi levado à tribuna por Elmano Freitas que o Partido dos Trabalhadores conseguiu fazer "a maior transformação" da economia do País, em um modelo diferente do que está sendo feito atualmente. O deputado lembrou ainda a reação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o início da crise econômica mundial em 2008. "O presidente Lula, com a sensibilidade de quem veio de baixo, conclamou a nação a consumir com responsabilidade. A grande crise do capitalismo não nos afetou. A presidente Dilma deixou de tomar algumas medidas e a falta dessas medidas está fazendo com que a dose que ela está dando à nação seja contrária a tudo aquilo que o PT defendeu", ressaltou. Já o deputado Manuel Santana (PT) também reforçou que concorda com a linha de pensamento apresentada pelo colega Elmano Freitas, afirmando que a linha econômica apresentada agora pelo Planalto é semelhante ao mostrado pelo Governo do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. O petista defendeu que os sindicatos e setores que defendem a classe trabalhadora trabalhem para fazer com que Dilma Rousseff mude o rumo. "É por isso que os movimentos sociais hoje vão dizer para a presidente que mude os rumos da política econômica", completou. Marcha Ainda na manhã de ontem, a deputada Rachel Marques (PT) subiu à tribuna para comemorar os avanços alcançadas pela mulher do campo, fazendo referência à Marcha das Margaridas, ocorrida na última quarta-feira em Brasília. Além da marcha houve uma sessão solene no Senado Federal, com atos no estádio Mané Garrincha. "A voz das mulheres do Brasil inteiro ecoou em Brasília para uma bandeira de enfrentamento à violência contra as mulheres", disse Elmano Freitas relatou que a Marcha demonstrou também que a presidente Dilma Rousseff tem iniciado um diálogo com os movimentos sociais, ouvindo as vozes das ruas, opinando que ela pode ter começado um novo momento em seu mandato, que tem passado por abalos constantes. Carlos Felipe (PCdoB) defendeu o movimento e ressaltou que o evento é um movimento em favor da democracia, destacando que as participantes deram as costas à Câmara em uma demonstração de que a Casa não representava os seus direitos. Já Augusta Brito (PCdoB) salientou que as mulheres têm pensado de forma positiva no progresso do País e demonstraram que entendem a situação pela qual o País passa atualmente e querem mudanças, através das reivindicações apresentadas.
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