Com as férias escolares, muita gente aproveita a folga para ir à praia em Fortaleza, tomar água de coco e comer caranguejo, por exemplo. Mas, nesse período, também é preciso estar atento aos preços para não extrapolar o orçamento familiar. Pesquisar faz toda a diferença para quem quer curtir as férias sem ficar no vermelho. Um estudo realizado pelo Procon da Assembleia Legislativa do Ceará mostrou que o preço de um mesmo item pode variar até 55,06% entre uma barraca de praia e outra.
A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 10 de julho, em nove barracas da Praia do Futuro, na Capital cearense, e avaliou os preços de 23 produtos. A maior variação (55,06%) foi verificada no valor da porção de arroz, que pode ser comprada entre R$ 4,00 e R$ 8,90.
Segundo a coordenadora geral do Procon da Assembleia Legislativa, Waleria Sampaio, foram analisados os preços oferecidos nas barracas mais frequentadas da Praia do Futuro. "A gente analisou os produtos mais vendidos nas barracas, como o caranguejo, o peixe frito, a cerveja e a água de coco, para assim atingir o maior público". Em relação à alta variação de preços entre os estabelecimentos, a coordenadora justifica que na pesquisa não foram analisadas o padrão de qualidade da comida oferecida. Porém, a estrutura física do local, o atendimento e a localização influenciam consideravelmente no preço do produto.
Diferenças
Outras grandes diferenças de preços entre um estabelecimento e outros foram constatadas para a porção do baião de dois (54,67%), peixe frito pargo completo (51,58%), caipirinha (49,49%), a dose da vodca Smirnoff (49,37%) e a dose de Ron Montila (46,15%).
Já a menor variação ocorreu no valor da garrafa de 600 ml da cerveja Skol: 21,35%. Esse item foi encontrado por preços entre R$ 7,00 e R$ 8,90. Para a unidade do caranguejo, a variação verificada foi de 21,76%, com preços entre R$ 5,97 e R$ 7,63. Já para o coco verde, foi anotada uma variação de 23,81% (R$ 3,20 e R$ 4,20).
O objetivo do levantamento, segundo Waleria, é informar os consumidores dos preços oferecidos nas barracas de praia e, principalmente, estimular os frequentadores desses locais a pesquisarem os preços dos itens. "Vale a pena o consumidor pesquisar os valores dos alimentos consumidos, para que assim seja controlada a economia doméstica", explica Waleria Sampaio.
Pesquisa periódica
De acordo com a coordenadora do Procon da Assembleia, a motivação para realizar a pesquisa foi o período de férias, onde a quantidade de frequentadores da Praia do Futuro aumenta consideravelmente. Mas, a intenção do órgão é realizar a pesquisa periodicamente, todos os meses, para conseguir uma comparação maior dos valores.
Preços e barracas
Confira a relação das barracas e produtos analisados pelo Procon da Assembleiahttp://svmar.es/precosbarracas