A promessa de campanha de Camilo Santana (PT) sobre a implantação do Bilhete Único Intermunicipal poderá ser cumprida até o final do ano. Na manhã de ontem, o governador conversou com representantes das empresas de transporte de Fortaleza e Região Metropolitana para discutir a implantação do projeto. Os secretários Élcio Batista (Chefia de Gabinete) e Ivo Gomes (Cidades) participaram do encontro.
“Com apenas uma passagem, a população da Região Metropolitana de Fortaleza que vai se deslocar poderá, durante três horas, pegar quantos ônibus precisar, inclusive, em integração com o metrô, primeiramente com as Linhas Sul e Norte, que já estão funcionando, e, depois, com as outras linhas”, defendeu Camilo na época da campanha.
Com o Bilhete Intermunicipal, a população poderá ainda fazer integração de ônibus e topiques em qualquer um dos 15 municípios da RMF. Não é a primeira vez que Camilo se reúne com os técnicos que, sobretudo, cobram prioridade e agilidade por parte das empresas. O projeto ainda segue em fase de estudo, em que se planeja, sobretudo, o valor que deve ser cobrado aos passageiros.
O município de Fortaleza deve ser referência para o governo para a implantação do Bilhete Único Intermunicipal, haja vista que, desde janeiro de 2013, o sistema foi implantado pelo prefeito Roberto Cláudio. Com um pouco mais de ano de operação em Forteleza, cerca de 85% do total de usuários já haviam aderido ao sistema de transporte coletivo da Capital.
Foco
Enquanto o governador se reunia com as empresas para tratar do assunto, o deputado Carlomano Marques (PMDB) pedia, na tribuna da Assembleia Legislativa, que Camilo “abandonasse” projetos ambiciosos para se dedicar à realidade da economia do Estado, e cobrou a implantação do Bilhete Único, ponderando ser um projeto possível ao Estado dentro do que Camilo pode fazer.
“É um equívoco dos maiores botar equipe para trabalhar em coisas que não vão existir. Estou pedindo mais realidade e menos sonho. A Linha Sul do metrô pronta em 2015, não vai acontecer. A Linha Leste: não vai acontecer. Enquanto a macroeconomia está comprometida, não adianta”, criticou.