As candidaturas ao Governo do Estado de Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT) têm diversas discordâncias, mas concordam em um ponto: a pesquisa O POVO/Datafolha, publicada ontem, não irão alterar o ímpeto das militâncias.
Na candidatura de Eunício Oliveira (PMDB), que aparece com 40% das intenções de voto, a ordem é manter-se firme. “Desde o começo, nós sabíamos que seria uma eleição dura”, afirmou o vice-prefeito de Fortaleza Gaudêncio Lucena (PMDB), um dos coordenadores da campanha do senador. A pesquisa publicada não reflete, porém, os trackings que o partido viria fazendo, de acordo com Gaudêncio, diariamente. “É quase o inverso”, descreve. Mas ele garante que o levantamento publicado com Eunício em segundo lugar não diminui a energia da militância. De acordo com o vice-prefeito, “nossa militância não desanima em hipótese alguma”.
Para o dia do pleito, a expectativa de Gaudêncio é de que, com a vinda de tropas federais, a eleição possa ocorrer de forma mais tranquila, já que, de acordo com o político, Eunício teve que enfrentar o “uso das máquinas”. O cinco de outubro é descrito por ele como “vergonhoso para a história política do Ceará e do Brasil”.
Já a candidatura de Camilo Santana mantém afastado o clima de “já ganhou”. Segundo o deputado estadual Nelson Martins (PT), coordenador da candidatura, “este sentimento não existe em hipótese alguma”. Entretanto, ele admite que a campanha recebeu os números “com alegria”.
O deputado estadual também afirma que sempre soube que a eleição seria dura. Martins relembra as pesquisas do primeiro turno, que não previram que Camilo terminaria em primeiro, como motivo para não dar a eleição como vencida.
Segundo o deputado, a estratégia para esta reta final será tentar ligar a candidatura de Camilo à da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) - “é um projeto só”, afirma - e focar os esforços em Fortaleza e na região metropolitana, onde o petista foi derrotado. “Tem sido prioridade nossa”, declara.
Gaudêncio, por sua vez, aponta o Interior, onde Camilo venceu, como central para a campanha “É preciso ter humildade para admitir que nestes regiões nós não fomos bem”, afirma.