Depois de a propaganda da ex-prefeita Luizianne Lins (PT) não ter sido veiculada no horário eleitoral gratuito reservado para o partido na terça-feira (19), mais dois candidatos aliados à prefeita também não apareceram na propaganda ontem, os candidatos Antônio Carlos (PT) e Elmano de Freitas (PT). Para Luizianne, o partido "nunca passou por um vexame tão grande".
Ela afirmou já ter entrado com representação na Justiça para garantir que seu programa seja veiculado, além de requerer de volta os segundos aos quais não teve direito no último programa eleitoral.
De acordo com o deputado estadual Nelson Martins (PT), um dos coordenadores da campanha de Camilo, a propaganda de Luizianne não apareceu devido à desobediência ao layout padrão definido pela coligação. "Não houve nenhuma influência do governador Cid Gomes", contestou o parlamentar.
Diferente dos demais candidatos da coligação, o programa da candidata tinha um fundo na cor cinza, apenas com os nomes de Dilma Rousseff e Camilo Santana, sem citar o candidato ao Senado da coligação, Mauro Filho (PROS). "O nosso projeto é nacional, integrado, que tem a ver com o presidente Lula, foi acertado com as coligações isso. E o programa que a Luizianne mandou não tem essa estrutura", apontou Nelson.
O parlamentar refutou qualquer possibilidade de discriminação à Luizianne, afirmando que foi concedido à candidata um dos maiores tempos entre os outros candidatos ao cargo. "Ela é uma das que vai ter mais (inserções no programa do PT e na programação em geral). Nenhum outro (candidato a) deputado federal tem mais inserção que ela - tem igual, mas não tem mais. Se tivesse alguma discriminação, teríamos colocado menos vezes", afirmou.
Nelson ainda criticou a postura da candidata ao apontar a dificuldade em negociar com ela, que é opositora do governador Cid Gomes (PROS) desde as eleições municipais de 2012.