Eunício Oliveira diz que vai usar a verba do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) para construir imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida
FOTO: LUCAS DE MENEZES
O candidato ao Governo Eunício Oliveira (PMDB) prometeu, na manhã de ontem, utilizar recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) para erradicar casas de taipa no Estado, se eleito. Segundo o peemedebista, o fundo está sendo utilizado pela atual gestão para "pagar contas de campanha" com a criação de cargos para aliados, em referência às duas vagas criadas para Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), em julho.
Eunício afirmou que quer utilizar verba do Fecop para financiar a contrapartida de responsabilidade dos municípios para a construção de casas pelo programa federal Minha Casa Minha Vida. "Do programa, só foi feito 27% do que foi disponibilizado para o Estado, porque o Governo não cuidou disso", criticou.
O candidato participou, no Siqueira, do lançamento do comitê de um aliado que postula vaga na Assembleia Legislativa, mas não estava acompanhado do vice, Roberto Pessoa (PR), nem do candidato ao Senado, Tasso Jereissati (PSDB). Ele afirmou que vai estabelecer medidas para as áreas de Segurança Pública, Saúde e convivência com a Seca. "Vamos colocar três secretários que não vão ser parentes e não vão ser da politicagem", alega.
Na área da segurança, Eunício reafirmou que vai contratar ao menos 1.500 policiais. A pouco mais de um mês das eleições, o senador destacou que o momento é de intensificar ainda mais a campanha e o corpo a corpo com o eleitor.
Dilma
O peemedebista revelou ter recebido, no domingo, material de campanha enviado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para ser distribuído no Estado em conjunto com material próprio. No Ceará, a candidata divide apoio entre o candidato governista Camilo Santana (PT) e Eunício. Sobre o crescimento da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas, ele afirmou que vota em Dilma, mas que não teria dificuldade de acesso a nenhum dos presidenciáveis caso fossem eleitos.
Em relação à ocupação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a uma de suas propriedades em Goiás, Eunício classifica como "muito estranha". "Há 30 anos existe esse empreendimento que é do grupo empresarial. Lá não é área de conflito, não tem conflito de terra, não tem barraca, não tem sem-terra, não tem conflito trabalhista. É área de preservação ambiental e totalmente produtiva", assegura.