Apesar de os quatro candidatos terem sido convidados, Eunício Oliveira e Camilo faltaram ao encontro com os docentes das universidades
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
Somente dois dos quatro candidatos ao Governo do Estado, Ailton Lopes (PSOL) e Eliane Novais (PSB), compareceram ao debate, na manhã de ontem, com representantes das três universidades estaduais do Ceará: Uece, Urca e UVA. Eles se comprometeram com um conjunto de onze propostas das instituições. Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), segundo a direção do evento, prometeram participar, mas não apareceram nem enviaram representantes.
Também estiveram presentes no evento os candidatos ao Senado Geovana Cartaxo (PSB) e Raquel Dias (PSTU) e o postulante do PSB a vice-governador, Leonardo Bayma. Eliane e Ailton garantiram que, caso eleitos, vão atender às onze reivindicações da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Vale do Acaraú (Uva) e Universidade Regional do Cariri (Urca).
Dentre as propostas, está a elaboração de lei específica regulamentando a autonomia financeira, acadêmica e de gestão das universidades, além do cumprimento de repasse de 5% do estabelecido na Constituição Estadual para as universidades.
O documento discorre sobre o cumprimento de acordo firmado entre as universidades e o governador Cid Gomes ao fim da última greve: garantia de plano de carreira com valorização salarial; encerramento gradual da terceirização; equiparação dos salários de substitutos e efetivos; aprovação de lei de assistência estudantil das universidades, em tramitação na Assembleia Legislativa; e revogação da lista tríplice para escolha do reitor e vice-reitor pelo governador.
Eliane Novais diz ser necessário mudar a forma de governar e criticou o "autoritarismo" da atual gestão. "Foi esse autoritarismo que fez a greve chegar ao que está aí. Professores apanharam na Assembleia Legislativa e isso tem um preço. Nesse Governo, o professor não tem nenhum valor", aponta, defendendo autonomia financeira e administrativa das universidade.
Ailton Lopes ressaltou que as instituições precisam de novo quadro de docentes e criticou as gestões de Cid Gomes, Lúcio Alcântara e Tasso Jereissati. "Não aceitamos essa formatação atual, de se votar a cada quatro anos, (...) foi através da ousadia dos professores que se avançou. As conquistas não foram dadas por Cid Gomes", reforça.