O postulante à Presidência da República pelo PSTU, Zé Maria de Almeida, divulga a candidatura no CE, ao lado de Raquel Dias, que disputa o Senado
FOTO: TUNO VIEIRA
Em visita ao Sistema Verdes Mares, ontem, o candidato a Presidência da República pelo PSTU, José Maria de Almeida, defendeu uma ruptura radical com o atual modelo político, econômico e social do País, propondo o não pagamento da dívida externa e a reestatização de empresas privatizadas nas últimas décadas. Ele estava acompanhado da postulante a senadora pelo partido no Ceará, Raquel Dias, e veio a Fortaleza lançar oficialmente a candidatura no Estado.
Zé Maria ainda participou, na terça-feira pela manhã, de seminário na Capital cearense contra a criminalização dos movimentos sociais, um contraponto à reunião do Brics, que reuniu chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Pela tarde, o pleiteante do PSTU concedeu entrevista à imprensa e durante a noite lançou a candidatura à Presidência na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Hoje pela manhã, ele visita canteiros de obra.
O candidato Zé Maria comentou a situação do partido no Ceará, que está coligado a PSOL e PCB. Para ele, o apoio ao candidato Ailton Lopes (PSOL) ao Governo do Estado é uma alternativa à polarização das candidaturas de Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT). "Tentou se apresentar mais uma vez duas alternativas que são seis por meia dúzia. A candidatura do Eunício é parte da base de sustentação do Governo Dilma e a candidatura do PT e dos Ferreira Gomes também", opina.
O pleiteante do PSTU também incluiu no rol das propostas de Governo ampliar a punição à corrupção, aumentar o salário mínimo e reduzir a jornada de trabalho das categorias.
"Se o deputado vota um salário mínimo de 700 reais para o trabalhador brasileiro, é porque ele acha que com 700 reais uma família vive. Então ele também deveria ganhar esse valor", exemplifica. "Tem que ter um salário médio e precisamos punir quem desvia recursos públicos", complementa.
Posicionando-se contra o financiamento privado de campanha, Zé Maria teceu críticas ao excesso de gastos da Copa do Mundo. "A Copa capitalizou a insatisfação das pessoas com o serviço público não pela Copa em si nem contra o futebol - eu mesmo torci para o Brasil. O que as pessoas são contra é que os governos gastem como gastaram mais de R$ 30 bilhões para reformar e derrubar estádios enquanto os hospitais estão caindo aos pedaços", declarou.