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Sexta, 11 Julho 2014 07:36

Políticos contrariam orientações partidárias na disputa ao governo do Estado

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  A campanha eleitoral mal começou e apesar de os candidatos ao governo do Estado, acompanhados de seus correligionários, terem ido pouco às ruas fazer o corpo a corpo com os eleitores, algumas figuras do cenário político cearense já contrariam as orientações partidárias na disputa ao governo do Estado, apoiando candidatos opositores ao arco de aliança com que seus partidos decidiram coligar. Parlamentares como Carlomano Marques (PMDB), Roberto Mesquita (PV) e Heitor Férrer (PDT) são exemplos de políticos que não seguem as determinação partidárias sobre palanques estaduais no Ceará. Na última quarta-feira (9), o deputado Carlomano Marques do PMDB esteve presente no almoço do candidato petista ao governo do Estado, Camilo Santana. Na ocasião, 34 deputados estaduais almoçaram com o candidato, em um restaurante na Avenida Beira Mar, para declarar apoio ao petista e ressaltar o trabalho que será desenvolvido pelos parlamentares em cada base eleitoral. A presença do pemedebista repercutiu nos bastidores, abrindo margem para toda a sorte de especulação, inclusive, apontando-o como “ovelha negra do PMDB”. Contudo, também, comenta-se que a presença de Carlomano Marques no almoço da chapa cidista, seria apenas em respeito ao convite feito pelo presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque. ROBERTO MESQUITA O deputado Roberto Mesquita, do Partido Verde (PV), avalia que atitudes como estas não representam uma forma de incoerência política, mas, sim, “um salto de democracia”. Roberto Mesquita, cuja sigla a que está filiado faz parte da coligação de Cid Gomes, estave prestando, na última segunda-feira (7), apoio a Eunício Oliveira (PMDB) em uma atividade de campanha ao governo do Ceará. Sobre o assunto, Mesquita declarou que o partido o deixou “livre” para apoiar o candidato escolhido segundo a sua vontade. “O Partido Verde, após a deliberação de sua executiva [estadual], apoia o candidato a governador, Camilo Santana. No entanto, respeitando a minha posição nesses três anos de deputado estadual, e a posição do deputado Guimarães em Sobral, eles nos deixaram livres para seguirmos nossa coerência e nossa vontade” respondeu Roberto Mesquita, questionado sobre sua decisão de apoiar Eunício Oliveira. Mesquita ressaltou que o apoio ao peemedebista não é nenhuma novidade, uma vez que, segundo revelou, sempre “acompanhou” e “votou” em Eunício Oliveira. “Não serei cego para dizer que grandes avanços nós tivemos [com o governo de Cid Gomes], nossos grandes avanços precisam ser mantidos, mas os nossos desafios precisam ser enfrentados, como a segurança pública, os municípios cada vez mais empobrecidos, a estiagem que ciclicamente nos devora, ainda não foram atacadas como deveriam”, justificou sobre a decisão de não seguir a orientação do PV, em trabalhar pela coligação que tem como candidatos ao governo do Estado, Camilo Santana (PT), Izolda Cela (Pros) como vice e Mauro Filho (Pros) ao Senado Federal. HEITOR FÉRRER Outro exemplo claro de posicionamento contrário às orientações partidárias é o do deputado estadual Heitor Férrer, do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Heitor é um grande opositor de Cid Gomes na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, denunciando, corriqueiramente, fatos que considera como “políticas equivocadas” da gestão cidista. O PDT decidiu, em sua convenção realizada no último dia 22 de junho, apoiar a chapa governista. Na ocasião, Férrer declarou publicamente que, apesar da posição do partido, não subirá ao palanque do candidato do governador. “É sabido pelo próprio André Figueiredo (presidente estadual do PDT), que não apoio o candidato e nem subirei ao palanque do candidato do governador, para eu manter a minha coerência, para eu não me derreter como homem público”, afirmou durante a convenção ao jornal O Estado. INFIÉIS A postura dos deputados estaduais poderia ser questionada como infidelidade às orientações partidárias, mas, um “acordo de cavalheiros” nos bastidores, entre as direções regionais e as diferentes lideranças, permite este e outros tipos de peculiaridades no período eleitoral sem que os filiados sofram punições das legendas que representam.
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