Críticas de Tasso ao governo Cid anima até desafetos ideológicos
FOTO: RAFAEL CAVALCANTE, EM 14/8/2010
Após o ex-senador Tasso Jereissati aparecer como destaque nas inserções televisivas do PSDB e subir o tom das críticas ao Governo do Estado, aumenta o burburinho em torno de sua possível volta às disputas eleitorais. Enquanto alguns governistas já dão como certo o retorno e se preparam para a possibilidade de enfrentamento, oposicionistas vislumbram cenário onde o tucano seria peça fundamental no bloco contrário ao candidato a ser indicado pelo governador Cid Gomes (Pros).
“Temos posições antagônicas, mas para o projeto de um novo Ceará, temos que entrar em sintonia”, diz a deputada Eliane Novais (PSB) sobre eventual candidatura de Tasso. No momento, segundo ela, o nome mais cotado no PSB para a eleição ao Governo é a empresária Nicole Barbosa, presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC).
Nessa perspectiva, a entrada de Tasso no processo é vista com bons olhos não para compor chapa, mas para ajudar a formar o arco de oposição. O CIC, hoje comandado por Nicole, foi presidido por Tasso nos anos 1980 e ajudou a projetá-lo como liderança política. “A entrada dele muda totalmente o cenário, porque é uma presença muito forte”, afirma João Jaime (DEM), historicamente ligado a Tasso, mas que deixou o PSDB no mês passado. Na sua avaliação, a forma como o ex-senador reapareceu nas inserções denota desejo de participar da eleição. “Para qualquer cargo que (Tasso) for, tem meu apoio”, diz Jaime, alegando que sua saída do partido não significou rompimento com o antigo aliado.
O vice-líder do Governo na Assembleia, Júlio César Filho (PTN), considera que as reaparições de Tasso já fazem parte do jogo eleitoral. “Ele disse que cuidaria dos netos, mas com a proximidade das eleições, acreditamos que possa se empolgar”, pontua. Ele pondera, no entanto, que as críticas do ex-senador “não condizem com a realidade”.
Volta tardia
Após passar toda sua vida política fazendo elogios a Tasso, o deputado Fernando Hugo (SDD) agora adota tom crítico a seu ex-líder e avalia que o retorno do tucano aos holofotes demorou para acontecer. “A ausência completa dele, principalmente na campanha municipal de 2012, deixou um vazio imenso. Não tivemos apoio nenhum dele e de outros líderes”, recorda. Segundo Hugo, se o partido não tivesse se acomodado na base do governo e Tasso tivesse adotado antes o tom de agora, a debandada do PSDB teria sido evitada.
SERVIÇO
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Quando: amanhã, às 16 horasOnde: Aquiraz (Escola Profissionalizante Alda Façanha - Av. Nossa Senhora de Lourdes, S/N – Bairro Lagoinha)
Informações: (85) 3277.2500