O que chama atenção, de verdade, na tramitação da matéria que trata do Ficha Limpa na Assembleia Legislativa, é a pouca sensibilidade para o assunto que a Casa apresenta, institucionalmente. Não é o caso de se cobrar que os deputados corram apressados a votar a matéria, mas, sem dúvida, pelo menos poderia haver um debate mais animado sobre o tema. Sabe-se que há uma proposta, quem é o seu autor, mas, além disso, quase nada chega ao conhecimento da sociedade em relação ao mérito do que está sugerido. A ausência de disposição para colocar o projeto na mesa de discussões é o aspecto merecedor de maior crítica do capítulo cearense da tentativa de moralização do processo de ocupação dos cargos públicos. Problema histórico, que está no nascedouro dos nossos grandes escândalos. Aliás, um filme que se repete no deslocamento de cenário para a Câmara de Vereadores de Fortaleza. Guálter George, editor-executivo de Conjuntura