Deputado José Sarto (PSB) destacou que o governo Cid foi o que mais investiu em segurança
FOTO: THIARA NOGUEIRA/ESPECIAL PARA O POVO
Na tribuna da Assembleia Legislativa ou em seus bastidores, o tema da segurança pública dominou ontem os debates entre deputados estaduais cearenses. Pelo menos 12 parlamentares abordaram o assunto na tribuna do Legislativo, em falas onde sobraram críticas aos atuais índices de violência do Estado.
No início da sessão de ontem, Heitor Férrer (PDT) criticou os índices de execução orçamentária da Segurança Pública no Estado, que classificou como “tragédia cearense”. Após a fala do pedetista, diversos deputados se manifestaram sobre o tema.
Em resposta, o líder do governo na Assembleia, Dr. Sarto (PSB), destacou que o governo Cid Gomes (PSB) foi o que mais investiu no tema. “Foi nessa gestão que foi criado o Comando Tático Rural, com 70 policiais no Interior, e 43 delegacias”, destacou.
Delegado Cavalcante (PDT), Idemar Citó (DEM), Lucílvio Girão (PMDB) e Manuel Duca (PRB) - parlamentares que costumam evitar “polêmicas” na Casa - também criticaram a “insegurança geral” e defenderam uma série medidas, entre pena de morte e redução da maioridade penal. “Tem de ser olho por olho, dente por dente”, diz Idemar Citó. Já Ferreira Aragão (PDT) sugeriu que o Ceará “feche os aeroportos”, para coibir entrada de drogas.
Nos bastidores da Casa, Osmar Baquit (PSD) arrancava exclamações de outros deputados ao comentar caso de João da Sapataria (PRB), prefeito de Quixadá, que teria sido assaltado três vezes em sua própria residência nos últimos meses.
Fortaleza Apavorada
Nota oficial sobre a segurança pública, divulgada pelo governo na última segunda-feira também repercutiu entre deputados cearenses. No documento, o chefe de gabinete do governador, Danilo Serpa, alerta para “infiltração” de “grupos partidários e marginais” em manifestação marcada pelo movimento “Fortaleza Apavorada” para a próxima quinta-feira, 13.
“Me surpreende essa postura, pois o que se espera é uma reação contra a insegurança, e não contra uma manifestação pacífica e democrática”, diz Antônio Carlos (PT). Já João Jaime (PSDB) classificou a fala como “clara tentativa de esvaziar” o protesto, e cobrou policiamento da ação.
“É lógico que o governo respeita a manifestação. A nota apenas alerta para alguns setores que querem manipular, irresponsavelmente, o debate da segurança”, rebateu José Sarto (PSB). Ele garantiu que haverá policiamento na área - “como ocorre em qualquer movimentação popular”.
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
A movimentação de deputados em torno do tema da segurança pública chama a atenção, uma vez que o assunto vem ganhando destaque com o crescente número de manifestações em torno do tema na Internet. Na manhã de ontem, até mesmo deputados da base aliada do governo - que não costumam tratar do assunto - subiram à tribuna para criticar índices da violência.