Os efeitos da seca continuam repercutindo na Assembleia Legislativa. De acordo com alguns deputados, a morosidade em aplicar ações para evitar o colapso anunciado nos municípios cearenses gera decepção nos administradores municipais e inflama ainda mais a situação do interior do Estado.
O deputado Sérgio Aguiar (PSB) falou sobre o levantamento feito pela Associação Cearense de Prefeituras (Acepre), que aponta a necessidade de uma abordagem enérgica em 174 cidades do Ceará. As medidas adotadas pelo Governo Federal, destacou Aguiar, precisam ser efetivadas.
“Nove municípios estão à beira de um colapso e outros 14 podem ter abastecimento de água comprometido em breve. Precisamos de ações efetivas. O município de Crateús está em situação desesperadora. Alguns gestores municipais estiveram em Brasília para pressionar pelos recursos prometidos. As ações precisam sair do papel e a presidente cumprir as promessas que fez em sua última visita ao Estado”, relatou Aguiar.
LENTIDÃOO deputado Welington Landim (PSB) também criticou a lentidão com a qual os problemas são tratados no país. O parlamentar lamentou a decisão de a Câmara Federal começar a votar agora medidas de combate ou redução dos efeitos da seca que já estavam em discussão há meses. “Nunca vi as coisas serem tão lentas neste país.
O Congresso decepciona a cada dia. Apenas agora a Câmara Federal decidiu votar as medidas para combater a seca. Me decepciono, de certa forma, com as palavras do deputado Henrique Alves que apenas agora vai se preocupar, sendo ele do Rio Grande do Norte. Isso nos deixa desmotivados. A presidente vem a Fortaleza e não vemos as coisas acontecerem”, reclamou Landim.
Landim aproveitou a ocasião para informar que hoje haverá a penúltima reunião sobre a Comissão Especial da Seca. “Até o início do mês relacionaremos tudo que discutimos e enviaremos um relatório para todas as instituições competentes”.