A Mobilização Democrática convidou alguns parlamentares para aderir à sigla e está aguardando resposta Os principais líderes do partido Mobilização Democrática (MD) no Ceará estão se articulando para tornar a legenda robusta, com a adesão de novos quadros. Já foram realizadas reuniões com parlamentares de outras siglas e, até o fim de maio, outras adesões podem ocorrer, afirmou Alexandre Pereira, que deve dirigir o grupo no Estado. "Nós estamos fazendo algumas reuniões em conjunto, principalmente com o Mário Hélio e o Tomás Holanda, trabalhando para trazer novos quadros. Levaremos outros deputados federais para conversar, porque este é um momento de trazer novos simpatizantes", afirmou Alexandre Pereira, que esteve em São Paulo, em reunião com a cúpula do novo partido, que contou também com a presença do deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB). De acordo com ele, muitas conversas estão avançadas, mas as novas adesões só serão divulgadas em evento do novo partido no final do mês. "Está tudo muito bem encaminhado. Convidamos o Raimundo Gomes de Matos e, se ele vier para o MD, fará parte do nosso quadro nacional. O Gomes de Matos tem história de vida parlamentar e política. O convite foi feito e ele disse que iria pensar. Mas ficou animado", ressaltou. Ainda que o dirigente e outros nomes da legenda afirmem que o deputado já está quase garantido como membro do grêmio, o parlamentar descarta a informação, uma vez que é vice-presidente estadual do PSDB e pretende fortalecer a legenda no Ceará. "Eu, atualmente, tenho a missão de reestruturar o PSDB e não passa no meu projeto mudar de partido. Agora é preciso ter ações efetivas para buscar coligações. No momento que faz diálogo com DEM e com esse novo partido, a gente busca um projeto para a nacional", argumentou Gomes de Matos. Composição Apesar de estar havendo no Ceará uma articulação para concretizar de fato a composição do partido, alguns impasses ainda estão ocorrendo, como o problema da presidência estadual, onde o então presidente do PMN, Reginaldo Moreira, pretende presidir a executiva da nova legenda. Alexandre Pereira afirmou que só esteve em uma reunião com Moreira e lembrou que este tem feito um trabalho mais individualista, enquanto que os demais quadros do PMN estão em consonância com as orientações da direção nacional. Por conta disto, a composição da estadual ainda não está definida, o que deve acontecer até o fim de maio. "A ideia é que o comando fique na estadual com o Alexandre Pereira e o Mário Hélio aqui na municipal", afirmou Paulo Sombra, responsável por fazer o trabalho de articulação política na esfera estadual. No Ceará, o partido nasce com apenas uma cadeira na Assembleia Legislativa, do deputado Mário Hélio. No entanto, existe uma conversa mais avançada com Hermínio Resende (PSL) e outros três quadros da Casa, que poderão ingressar no grêmio. Além de Raimundo Gomes de Matos, existe um diálogo com outros dois deputados federais. Também há a informação de que está quase confirmada a ida do deputado estadual Vanderley Pedrosa (PTB) para a legenda. Além desses quadros, na Câmara Municipal de Fortaleza existe a possibilidade de alguns nomes aderirem ao Mobilização Democrática, como Didi Mangueira (PDT), Adelmo Martins (PR), Márcio Cruz (PR) e Joaquim Rocha (PV). O vereador Benigno Júnior (PSC) foi convidado para o grupo e está analisando a proposta. Tamara Holanda (PSDC) também está avaliando se adere ao grêmio. Adesões Com essas novas adesões, o partido, que nasce com quase 32 mil filiados, pretende eleger, em 2014, pelo menos quatro deputados estaduais e dois federais no Ceará. No Estado, irá caminhar com o nome indicado pelo governador Cid Gomes, até porque faz parte do Governo. Lideranças do MD garantem que não existe possibilidade de a agremiação apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, mas poderá estar ao lado, nesta ordem, de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva e Aécio Neves (PSDB). O novo partido nasce com 80 vereadores no Ceará, sendo 51 do PPS e 29 do PMN, além de estar presente em 52 municípios. "Agora tudo vai ser renovado e readequado. Tem lugar em que só o PPS tem vereador e o comando vai permanecer com o grupo que já estava. Temos que sentar para conversar e levar da melhor maneira possível", afirmou Sombra. A meta do partido é passar dos atuais 80 vereadores para 160 já quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar o registro partidário da Mobilização Democrática. Isso porque durante 30 dias depois de registrado, a sigla poderá receber outros quadros sem que isso interfira nos mandatos.