Frente em Defesa da Dignidade Humana e Contra a Violação de Direitos se reuniu na Câmara dos Deputados
FOTO: ANTONIO CRUZ/ABR
A eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados agitou os bastidores da política fortalezense na manhã de ontem. Na Câmara Municipal, o vereador Ronivaldo Maia (PT) apresentou moção de repúdio contra a indicação do parlamentar paulista, acusado de ter posições homofóbicas e racistas. A proposta causou reação da bancada do PSC e, diante da perspectiva de ser derrubada, foi retirada de pauta pelo próprio Ronivaldo. A moção deve voltar para votação na manhã de hoje.
Antes de ser removida da votação, a proposta chegou a ter cerca de 20 votos contrários à sua aprovação. Os quatro vereadores do PSC questionaram o uso do termo “repúdio” no pedido. Segundo eles, o correto seria que o petista tivesse apresentado moção de “protesto”. Diversos vereadores concordaram com a crítica, pedindo reformulação da proposição do petista.
Legislativo estadualO assunto também foi pauta na Assembleia Legislativa do Ceará. Na tribuna, a deputada estadual Eliane Novais (PSB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, chegou a classificar a indicação do deputado como “inconcebível” e uma “afronta à sociedade”. Corroborando com o discurso da colega, o deputado Roberto Mesquita (PV) sugeriu que Eliane apresentasse moção de repúdio às manifestações de Feliciano. Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A indicação de Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a CDH é contestada porque ele é acusado de ter ideias racistas e homofóbicas. O PSC é dono de uma das maiores bancadas da Câmara Municipal, com quatro vereadores.