Parlamentares defenderam, ontem, em Brasília, a reforma política para garantir maior valorização da mulher na sociedade. Elas participaram de sessão solene do Congresso pelo Dia Internacional da Mulher. Segundo a coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), a reforma política é a principal reivindicação do colegiado. “Sem financiamento público de campanha, sem lista fechada e paridade [entre candidatos homens e mulheres], esse parlamento vai continuar sendo masculino e branco e não colocará como prioridade as políticas públicas que defendemos”, afirmou.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), uma das autora do requerimento e nova procuradora da Mulher no Senado, propôs coletar assinaturas para aprovar a reforma política. “Colhemos assinaturas para tudo. Vamos colher assinatura para fazer uma reforma política que inclua as mulheres.” A deputada Luci Choinacki (PT-SC) também cobrou para a aprovação da reforma política.
Para a deputada Rachel Marques, é de suma importância que as mulheres ocupem cargos de poder, principalmente na política. “Trazemos questões específicas, como o enfrentamento da violência contra a mulher, por exemplo.” A petista acredita, porém, que a mulher “só terá o espaço que lhe é de direito com a reforma política”.Já a deputada Dra. Silvana salienta que a mulher tem mostrado cada vez mais seu valor “e que a sociedade já reconhece isso”. “A bancada feminina na Assembleia cresceu e elegemos uma presidente pela primeira vez no nosso País”, lembrou. Para ela, é necessário, principalmente no meio político, “trabalhar mais para mostrar a que veio. Temos que correr para recuperar todos esses anos que ficamos em segundo plano”, frisou.