Teodorico é ex-presidente
FOTO: EDIMAR SOARES
Passado mais de um ano da abertura do processo disciplinar contra o conselheiro afastado Tedororico Menezes, a Corregedoria do Tribunal de Contas do Ceará (TCE) deu sinais ontem de que não irá tomar qualquer decisão até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) apure melhor o escândalo dos banheiros. Teodorico teve o nome envolvido no esquema após O POVO ter denunciado que parentes e parte de seus ex-funcionários no TCE receberam dinheiro do Governo do Estado para construir kits sanitários que jamais saíram do papel. Também se verificou que alguns desses funcionários foram doadores de campanha do filho de Teodorico, deputado estadual Téo Menezes (PSDB).
Ontem, o corregedor do TCE, Edilberto Pontes, disse que não tem elementos suficientes para julgar Teodorico e que, o mais prudente, segundo ele, seria aguardar mais informações do STJ, que investiga a participação do conselheiro afastado no escândalo. “O STJ tem maior capacidade de apuração”, argumentou Edilberto, acrescentando que esse procedimento é adotado por outras Cortes de contas.
Houve dura discussão sobre o tema no plenário do TCE. Além do Ministério Público de Contas, os conselheiros Rholden Botelho e Soraia Victor se manifestaram contra o procedimento e alegaram que o TCE pode julgar o caso independentemente de outras instâncias. Edilberto disse que irá “amadurecer” as opiniões emitidas ontem para, depois, decidir de como irá proceder. (Hébely Rebouças)