O candidato derrotado do PT à Prefeitura de Fortaleza, Elmano de Freitas, protocolou, na tarde de ontem, um pedido de investigação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE). Ele questiona a suposta paralisação de cerca de 160 motocicletas do grupamento Raio, da Polícia Militar. Segundo o petista, as motos ficaram paradas na sede de uma empresa privada, na avenida Bezerra de Menezes, entre os dias 5 e 30 de outubro – período no qual ocorreram os dois turnos da eleição. Para Elmano, o suposto fato tem “grande possibilidade de ser uma ação planejada” de uso da máquina do Governo do Estado em favor da candidatura do prefeito eleito Roberto Claudio (PSB). Elmano alega que, nos dois dias seguintes ao segundo turno, as motos foram retiradas do local. “Estranhamos que essa paralisação tenha ocorrido justamente no período entre o primeiro e o segundo turno”, afirma. Ao processo, foi anexado um CD contendo uma gravação do relato de uma testemunha afirmando que mora no local há 15 anos e que nunca tinha visto veículos da Polícia parados por tanto tempo. Elmano disse ainda que, na próxima semana, o PT começa a apresentar as primeiras provas de compra de votos no dia do segundo turno. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), por meio da assessoria de imprensa, informou que as motos às quais Elmano se refere eram novas e ainda não haviam sido entregues ao Batalhão do Raio. Segundo o órgão, os veículos estavam no pátio da concessionário que venceu a licitação, aguardando para serem equipados. Além disso, a secretaria acrescenta que, no dia do segundo turno, 2.202 policiais fizeram a segurança na Capital, 1.158 homens a mais em relação ao dia do primeiro turno.