O deputado Capitão Wagner (PR) denunciou, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, o acúmulo de lixo nas ruas e avenidas de Fortaleza. De acordo com o parlamentar, o acúmulo está relacionado à demissão de 200 coletores de lixo da Prefeitura de Fortaleza.
Segundo o parlamentar, a situação não gera apenas desconforto aos moradores da periferia, mas afeta, principalmente, a saúde pública do Município. “Pois o lixo atrai insetos e animais peçonhentos, além de comprometer nosso potencial turístico”, defendeu, dando conta de que o problema está afetando, inclusive, a economia da Cidade, pelo fato de rotas turísticas e pontos turísticos estarem afetados pela sujeira.
Conforme Capitão Wagner, o Município está priorizando a área nobre de Fortaleza. “A Prefeitura está priorizando áreas nobres, deixando a periferia de lado, deixando também todos os avanços alcançados a custo de muita luta nas gestões passadas”, acrescentou.
O deputado destacou ainda que a Procuradoria Geral do Município (PGM) tem dado parecer favorável à construção de grandes empreendimentos como shoppings, nas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis). Wagner frisou que quando a Zeis foi aprovada pelo Plano Diretor do Município, em 2009, o objetivo era priorizar as habitações populares, impedindo que grandes empreendimentos fossem construídos nesses locais.
O deputado Roberto Mesquita (PV), em aparte, criticou o fato de a Prefeitura ter alegado que o aumento da quantidade de lixo nas ruas, devia-se pelo crescimento da cidade. “Uma desculpa pífia e que não justifica”, apontou Mesquita, salientando que da mesma forma que a cidade cresce, as políticas e soluções para o descarte do lixo diminuem.