Governistas alegam que o secretário Eduardo Diogo já havia se comprometido em ir falar na Assembleia
Foi rejeitado o requerimento do deputado Roberto Mesquita (PV) convocando o secretário de Planejamento, Eduardo Diogo, para prestar esclarecimentos à Assembleia, sobre os empréstimos consignados. O motivo para descartar o pedido, segundo o líder do Governo na Casa, deputado Antônio Carlos (PT), é porque o secretário, a convite do líder governista, já aceitou ir dar suas explicações aos parlamentares, embora não tenha previsão de quando isso vai ocorrer.
O requerimento de Roberto Mesquita foi protocolado na terça-feira passada, mesmo dia em que o deputado Welington Landim (PSB), líder do bloco PT-PSB na Casa, informou que o convite a Diogo seria feito naquele dia e que na quarta-feira, 18, o líder do governo informaria qual dia e horário o secretário deveria comparecer à Assembleia.
Uma semana passou sem uma data definida para a visita de Diogo. Ontem, Antônio Carlos informou que não há previsão de uma data, explicando que nesta semana será improvável a vinda do secretário à Assembleia, porque Eduardo Diogo está com a agenda cheia.
Desfocar
O tema dos consignados voltou a ser debatido ontem, no plenário da Casa. O deputado Heitor Férrer (PDT) comentou as matérias veiculadas pelo Diário do Nordeste, com o diretor presidente da empresa Bom Crédito Locação de Veículos Ltda, Augusto Borges Júnior e com o diretor superintendente da Administradora Brasileira de Cartões S/A, Bruno Barbosa Borges.
Para Férrer, Bruno Borges quer desfocar a "tragédia que vive o servidor patrocinada pelas irmãs ABC e Promus", quando alega que tal assunto possui um viés político. O pedetista argumentou que trouxe esse assunto à tribuna da Assembleia ainda em setembro do ano passado, mesmo período em que encaminhou a denúncia ao Ministério Público.
No caso do diretor da Bom Crédito, o qual chama de "escravinha", Heitor Férrer analisa que Augusto Borges diz claramente como funciona o esquema de "enriquecimento fácil das irmãs ABC e Promus", algo que ele já vem tratando no plenário da Assembleia desde o ano passado. Apesar das denúncias, Férrer aponta que o Governo montou um "teatro armado", quanto à decisão do Estado em rescindir o contrato com a ABC.