O Movida acredita que a legalização da maconha ainda é pouco discutida na sociedade, por isso muitas pessoas não têm opinião formada
Para estimular a discussão sobre a legalização da Maconha, o Movimento pela Vida e Não Violência (Movida), realiza amanhã, na Assembleia Legislativa do Ceará, uma audiência pública com a participação de nomes a favor e contra a liberação do uso da droga no Brasil. Na quinta-feira, dia 29, o Movida organiza ainda, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), um seminário com especialistas em âmbito nacional onde o tema será debatido.
“O nosso movimento é a favor da vida não apenas no que diz respeito aos nascituros, mas em outras que, de forma direta ou indireta, atingem a vida. O usuário de droga está denegrindo não apenas a própria vida. Essa é uma área também ligada à violência, ao tráfico, o que também atinge a outras pessoas na sociedade”, coloca Jefferson Vale, voluntário do Movida.
Os dois eventos fazem parte da campanha Maconha Não, promovido pelo Movida. O movimento coloca a legalização da maconha como porta de entrada para outras drogas. Dentre os especialistas presentes nos eventos que irão palestrar sobre o assunto, estão Marisa Lobo, psicóloga e coordenadora nacional da campanha, Sérgio Harfouche, Promotor de Justiça e presidente do Conselho Estadual Antidrogas do Mato Grosso do Sul, e Socorro França, assessora especial de Políticas Públicas sobre Drogas do Ceará.
Participação
Segundo Jefferson Vale, o Movida acredita que a legalização da maconha ainda é pouco discutida na sociedade, por isso muitas pessoas ainda não possuem opinião formada sobre o assunto.
“Nosso objetivo é mostrar quais são as consequências da permissão do uso da maconha. Em primeiro lugar, outras drogas podem vir a ser legalizadas. Além disso, o usuário deixa de assumir a sua cidadania, pois pode se envolver em questões como o tráfico, desenvolver desvios psicológicos, dentre outros problemas. Não é a maioria que quer legalizar a droga. É uma minoria organizada que, por pressão política, pode acabar conseguindo”, coloca o voluntário do Movida.